Cerveja gelada acompanha o cardápio da mais nova casa de BH

por Eduardo Tristão Girão 28/05/2010 07:00
Pedro Motta/Esp. EM/D. A Press
Picanha com fritas do Boi Beer, aberto na Avenida Bandeirantes, no Sion (foto: Pedro Motta/Esp. EM/D. A Press)
Belo Horizonte vive a febre do boi. Casas especializadas em carne (a cerveja acompanha) proliferam em praticamente toda a cidade: de espetinhos assados em humildes braseiros na calçada a portentosos restaurantes que trabalham com carne importada, passando, é claro, pelas parrillas argentinas e uruguaias. Isso não é de hoje, é claro, mas esse avanço parece estar longe de desacelerar, ou melhor, parece estar em sintonia com a fama carnívora do belo-horizontino. Nesse cenário chama a atenção a recente abertura do Boi Beer, casa que, apesar do nome óbvio, curiosamente reúne no mesmo ponto algumas das principais tendências do setor.

Ficando nas mais representativas, é possível citar ao menos quatro: oferta (ainda que mínima) de carnes importadas; cerveja mineira em destaque no cardápio; parrila em vez de espeto ou chapa; e opção pela produção própria de linguiça. Nada mais natural, afinal, com tantos “bois” na concorrência, é preciso investir para chamar a atenção do público, que está cada vez mais exigente e bem informado. “Queria uma casa de carnes mesmo, mas com nome diferente. No entanto, fui voto vencido. Fica parecendo maria vai com as outras, mas os outros sócios quiseram aproveitar a onda”, conta Laércio Dutra Rodrigues, um dos três proprietários.

Para ele e os sócios João Gomes e Fernando Nery o desafio não para por aí. Terão de lutar contra a lenda imobiliária da caveira de burro, pois o ponto que escolheram para abrir a casa já foi ocupado por outros dois bares, Clube do Frade e Tapas. Começaram promovendo reforma no ambiente: trocaram pintura, lustres, equipamentos de som e projeção, televisões e mobiliário. Quadros temáticos espanhóis (da época do Tapas) estão para ser substituídos por imagens que remetam ao consumo de carne, mas a coleção de cachaças antigas (dos tempos do Clube do Frade) foi mantida – são cerca de 650, todas mineiras, sendo a mais antiga da década de 1930. O piso é original (cimento queimado e ladrilho hidráulico).

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LINGUIÇA

O foco da cozinha está nas carnes, assadas em parrilla e sobre brasa de carvão. Apenas picanha (R$ 6,90, 100g) e bife de chorizo (R$ 4,90, 100g) são importados; o restante dos cortes é comprado de produtores nacionais, a exemplo da picanha suína (R$ 3,90) e do filé mignon ao alho (R$ 5,90, 100g). Também na parrilla são preparados salsichão (R$ 3,20, unidade), provolone com abacaxi (R$ 14,90, porção) e coração de frango (R$ 3,40). A linguiça (R$ 17,90) é feita por Jane Gomes (irmã de João) com pernil suíno, pimenta, alho, sal e servida com mandioca. Pode ser frita ou assada, depende do gosto do freguês. A cozinha conta com a colaboração do chef Hugo Henrique Murca.

O cardápio lista ainda petiscos tradicionais, pratos individuais, saladas, massas e sobremesas. Apesar de as pizzas terem sido extintas, o forno à lenha foi mantido na esperança de que nele em breve serão assadas carnes exóticas (javali, paca, capivara). Além das marcas habituais de cerveja em garrafa de 600ml (entre R$ 4,50 e R$ 4,90), a casa trabalha com chopes da cervejaria mineira Wäls: pilsen (R$ 2,90, 350 ml), dubbel (R$ 10,90, 350 ml), tripel (R$ 10,90, 350 ml) e torre de 10 chopes pilsen (R$ 24,90). Os barris ficam sob o balcão do bar, expostos por vidraça. A carta de vinhos conta com 30 rótulos (a maioria na casa dos R$ 30). A casa está investindo em telão e novas televisões para a copa, período durante o qual abrirá sempre às 11h.

BOI BEER
Avenida Bandeirantes, 619, Sion. (31) 2535-9560 / (31) 3221-7265. Aberto de terça a quinta, das 17h30 à 0h; sexta, das 17h30 às 2h; sábado, das 11h às 2h; domingo, das 11h à 0h.

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