Só ficou o pão de queijo com provolone. Inaugurada recentemente, a primeira loja da marca mineira Villa Café ocupa o ponto onde funcionou por cerca de 20 anos outra cafeteria, a Casa do Café, num quarteirão da Avenida Getúlio Vargas vizinho à Praça da Savassi. Da antiga casa, pouco (para não dizer nada) sobrou, pois os atuais donos investem no controle de todas as etapas de produção e serviço para oferecer café gourmet: da colheita, em fazendas próprias no Sul de Minas Gerais, ao expresso na xícara do freguês.

Até então com aproximadamente 600 clientes na cidade (470 bares, restaurantes e padarias), a empresa já programava para este ano a abertura da primeira loja, mas não no imóvel em que funcionava a Casa do Café. “Fornecíamos produto aromatizado para o proprietário anterior e, quando ele quis vender o ponto, nos procurou”, conta Rúbia Duarte, barista e diretora comercial. No inverno, a segunda loja será inaugurada na Avenida Bandeirantes, próximo à Praça da Bandeira, no Bairro Mangabeiras. Como se trata de espaço maior, há possibilidade de que sejam ministrados cursos sobre a bebida no local.

Os grãos vêm das fazendas Santa Helena e Dom Bosco, na cidade de Carmo da Cachoeira. Elas pertencem à família de Rúbia, cujo avô iniciou atividade cafeeira no local há cerca de 60 anos. “É uma região campeã em produção de café. Estamos em terreno de altitude entre 800 e 1 mil metros, o que é bom para a qualidade do grão. Usamos café do tipo arábica, que é o melhor e não se desenvolve de forma adequada ao nível do mar. Precisa de sol, mas também de clima mais ameno. Daí o Sul de Minas ser uma região tão boa para esse cultivo”, explica.

Na loja, o mesmo expresso (R$ 2,50) servido da maneira habitual, em pequenas xícaras, dá origem a bebidas quentes e frias. Além do expresso com doce de leite (R$ 2,90) ou chocolate (R$ 2,90), o freguês encontra drinques não-alcoólicos quentes e gelados. Entre eles, cappuccinos tradicionais (entre R$ 2,60 e R$ 4,30) e saborizados (entre R$ 5,30 e R$ 5,90), mocha (expresso com leite vaporizado e calda de chocolate, R$ 4,90) e frapês, misturas geladas de expresso, leite e essências (entre R$ 6,90 e R$ 7,90). Completam a seção de bebidas as sodas italianas, que consistem em água gasosa com gelo e essências (R$ 3,90).

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EM CASA

Daqui a dois meses, a loja prevê a inclusão de expresso de safra especial (R$ 5) no cardápio. “Este ano, fizemos uma das colheitas no estilo colombiano, selecionando só os grãos mais maduros, em vez de escolhê-los pelo tamanho. Isso resulta em bebida de muita doçura, notas achocolatadas e mais suave”, explica ela. Inicialmente, a novidade será encontrada apenas na cafeteria da marca, para ser tomado no local ou levar grãos torrados para casa (R$ 59, o quilo). “É um café de concurso, dificilmente encontrado por aqui”, diz Paulo Victor Bouto, diretor da cafeteria.

Para petiscar, a pequena casa (são apenas três mesas na calçada e três banquetas na área interna) oferece pães de queijo de sabores variados (entre R$ 1,80 e R$ 1,90, porção com duas unidades), biscoito de queijo (R$ 1,80), broa de milho (R$ 1,70), empada de frango (R$ 1,60), croissant (R$ 2,90), sanduíches (entre R$ 3,90 e R$ 4,10), quiches variadas (R$ 4,10) e tortinhas doces (R$ 2,30, unidade). Incomum, mas não menos interessante, é o serviço de empréstimo gratuito de máquina de café expresso por um mês para o cliente que comprar 150 sachês de uma só vez (R$ 1 cada). Também é possível adquirir a máquina (marca Nemox) na loja: custa R$ 900.