O Copa, na Savassi, tem ambiente aconchegante e menu variado

por Eduardo Tristão Girão 18/12/2009 07:00
Pedro Motta/Esp. EM/D.A Press
Bife de chorizo com legumes no alumínio e frutos do mar, pratos do cardápio do Copa (foto: Pedro Motta/Esp. EM/D.A Press)
Artistas não são chegados a rótulos. Costumam evitar afirmações do tipo “sou sambista” ou “faço jazz”. Muitas vezes, acreditam que o que fazem não se encaixa em categoria alguma. Curiosamente, de uns tempos para cá, tem sido possível observar situação semelhante na área da gastronomia: gente que não se considera dono de bar ou restaurante, mas de um negócio híbrido. A inauguração do Copa, semana passada, é bom exemplo. O que é a casa? “É um lugar para você ficar à vontade, ouvir barulhinho de gelo, gente conversando e sem som bombando”, responde Henrique Horta, um dos proprietários.

Os pilares da proposta do local são vinhos e tapas, mas não se trata de uma casa de tapas, muito menos de um bar de vinhos. Pelo menos é o que defende o proprietário. A quantidade de pratos é grande demais para um bar e a de entradas e petiscos, grande demais para um restaurante. Já o ambiente, informal, tem mesas de madeira cobertas com jogos americanos de pano, despensa aparente (fica no mezanino) e parede com módulos guardando diversos produtos e objetos. De fato, é um tanto difícil classificar o lugar. Talvez isso fique mais claro com o uso que os fregueses fizerem dele a partir de agora.

Artista plástico, Henrique foi gerente do Café com Letras durante quatro anos. Depois de lá, trabalhou na abertura de outras casas até chegar ao Piacenza, onde entrou como auxiliar de cozinha e saiu como garçom. À frente de seu primeiro negócio, continua a cuidar do atendimento, deixando o caixa por conta do sócio, Marlo Assis Campos. O projeto da casa vinha sendo pensado por eles há cerca de dois anos, mas só em março deste ano eles arregaçaram as mangas. As obras começaram em julho, no imóvel que antes abrigava uma loja de conserto de eletrodomésticos.

Para ele, a localização – entre o Dona Derna e o La Pasta Gialla, na Rua Levindo Lopes – é perfeita. “É ótimo estar entre casas tão boas. Além disso, aqui é Savassi, mas não é confusão”, explica. Inicialmente, os dois haviam pensado em abrir um empório, com todo tipo de itens (como peças de presunto cru) pendurados na parede. O nome Copa veio quase por acaso: “Pensamos nele primeiro pelo curado, depois por causa da copa da casa da gente. Na Espanha, chama-se de copa qualquer coisa de beber”.

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ENTRADAS OU TAPAS?

Os donos queriam muitos pratos no cardápio, mas a diversidade da cozinha espanhola (da qual são apreciadores) mostrou-lhes que era possível investir também em tapas. Para montá-lo, chamaram o chef e consultor Rubens Galdino, que tem no currículo trabalhos para dezenas de bares e restaurantes de Belo Horizonte – Santafé, Café do Museu, Topo do Mundo, Chez Bastião e Redentor são alguns deles. Henrique o conheceu durante consultoria que o chef prestou para o Café com Letras.

Somando opções frias e quentes são 17 tapas disponíveis. No cardápio, elas também são chamadas de entradas, mas isso não faz tanta diferença, já que cumprem papéis semelhantes na casa. Entre as opções, rebanadas (pão empanado) com creme de bacalhau (R$ 22), frutos do mar empanados e servidos com molhos de pimentão e de mostarda dijon (R$ 32) e cogumelos shiitake recheados com copa, tomate, creme de queijo gruyére e tomilho com manteiga de trufas (R$ 25).

Há ainda saladas, tortilhas, aligot (creme de batata com queijos), risotos, massas, peixes, frutos do mar, carnes e sobremesas. Vinhos (da Casa do Vinho, Decanter e Zahil) estão presentes em 24 rótulos (entre R$ 41 e R$ 170).

COPA
Rua Levindo Lopes, 22, Savassi, (31) 3223-1058. Aberto de terça a quinta, das 18h30 à 0h; sexta, das 18h à 1h; sábado, das 16h30 à 1h.

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