Restaurante Maio oferece pratos a preços mais baixos

por Eduardo Tristão Girão 20/11/2009 07:00
Pedro Motta/Esp. EM./D.A Press
Val de Almeida Júnior prepara o filé com fettuccine ao pesto (foto: Pedro Motta/Esp. EM./D.A Press)
Qualquer um pode ser chef. Essa é a mensagem subliminar presente na enxurrada de livros, revistas e programas de TV que têm como tema a gastronomia. Com a facilidade de acesso à informação (sem precedentes na história) e a glamourização do ofício de cozinheiro, quase dá para acreditar nisso. De toda forma, é inegável que cada vez mais gente esteja pulando para o outro lado do balcão e comandando seu próprio restaurante. Com isso, é natural que as ideias desses ex-fregueses sobre o negócio sejam transformadas em mandamentos. No caso do recém-inaugurado Maio, o preço é uma delas.

Ex-dono de galeria de arte em São Paulo, Val de Almeida Júnior chegou a Belo Horizonte há cinco anos. Ainda lá abandonou o ramo da gastronomia, tendo passado pelas cozinhas do Manacá e Ogan. Na capital mineira, concluiu curso de gastronomia na Estácio de Sá e trabalhou no The Art from Mars. Sempre pensou em abrir um restaurante e quando percebeu que o amigo Carlos Guilherme Lage Ribeiro compartilhava de suas ideias, não teve dúvidas. “O conceito da casa foi baseado na vontade de oferecer comida a preço mais baixo”, conta Val, que fica na cozinha enquanto Carlos cuida do atendimento.

“Também achamos que Belo Horizonte é carente de bons restaurantes que não sejam suntuosos. Tudo é refletido nos custos”, observa Carlos. Para conseguir equilibrar preços mais baixos e “porções generosas e ingredientes de primeira linha”, a dupla teve de fazer mudanças estruturais. Na casa não há toalha nas mesas e os guardanapos (um para o dia e outro para a noite) são de papel. Além disso, o mesmo tipo de copo é usado para bebidas diferentes. Assim, petiscos, entradas e saladas ficam na faixa de R$ 14, massas em torno de R$ 20 e pratos por aproximadamente R$ 25. A sobremesa mais cara custa R$ 11.

“Não sou alta gastronomia de jeito nenhum”, esclarece Val. “O cardápio é um pouco autoral, mas com releitura de pratos caseiros, pois cozinha de mãe é uma referência para mim. Não sei se o termo é esse, mas acho que é meio contemporâneo”, completa o chef . Se a palavra contemporâneo não for entendida necessariamente como sinônimo de tecnologia e criatividade, talvez ele tenha razão. Seu cardápio é marcado por simplicidade e pedidas clássicas. Não por acaso, um dos destaques é o picadinho (R$ 15,90, individual), servido somente no almoço, horário em que há pratos mais em conta do que os da noite.

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TRADICIONAIS

Entre as pedidas para abrir o apetite ou acompanhar chope (Wäls; R$ 3,30), cerveja (só long neck; R$ 3,50) e drinques variados (entre R$ 7 e R$ 13), estão as porções de pernil com vinagrete de gengibre e mandioca frita (receita da mãe de Val; R$ 18), pastel de cordeiro (R$ 12) e bruschetta de rúcula com parmesão (R$ 14). As massas não fogem do receituário tradicional, deixando formato (penne, fettuccine e espaguete) e molho à escolha do cliente. Bolonhesa (R$ 19, individual), pesto (R$ 19, individual), frutos do mar (R$ 34, individual) são algumas.

A seção de pratos conta com três risotos (lombo defumado com ora-pro-nóbis, R$ 24; cogumelos, R$ 26; queijo brie com rúcula, R$ 26) e opções como bife ancho com arroz, fritas e molho chimichurri (R$ 24), peito de frango com especiarias ao leite de coco e arroz de amêndoas (R$ 21) e arroz de bacalhau com musseline de banana da terra (R$ 24) – todos servem uma pessoa. A carta de vinhos lista 44 rótulos (entre R$ 35 e R$ 273, garrafa).

MAIO
Rua Santa Catarina, 631, Lourdes, (31) 2526-0360. Aberto de terça a quinta, das 12h às 15h e das 18h às 23h30; sexta e sábado, das 12h à 1h; domingo, das 12h às 17h.

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