Restaurante Urbano Santiago aposta na cozinha mediterrânea

10/07/2009 07:00
Pedro David/Esp. EM/D. A Press
Coelho a caçadora: nem só de peixes e frutos do mar se faz a gastronomia mediterrânea (foto: Pedro David/Esp. EM/D. A Press)

O mais novo restaurante de Belo Horizonte é também um dos menores da cidade. Aberto esta semana, o Urbano Santiago levanta a bandeira da cozinha mediterrânea e a apresentará para freguesia que se dividirá pelos 42 lugares do imóvel onde antes funcionava uma estreita loja de equipamentos de mergulho. A maioria das mesas está no primeiro andar, assim como a adega climatizada, sob a escada que leva a espécie de mezanino, onde estão a cozinha e os banheiros, além de mais algumas mesas. No comando da cozinha está o chef Vladimir Wingler, especialista em peixes e frutos do mar.

Para quem estranha o nome da casa, aí vai a explicação: trata-se de homenagem do proprietário Rodrigo Santiago ao pai, que foi advogado, jogador de vôlei e presidente do Minas Tênis Clube. A administração da casa será dividida entre ele, que continuará trabalhando como advogado, e a mulher, Fabiana, que largou cargo público no Iepha para cuidar do restaurante. Os planos do casal encontraram eco nas ideias de Wingler. “Já tinha na minha cabeça que em Belo Horizonte havia lacuna na área da cozinha mediterrânea”, diz o chef.

Ele tem no currículo experiências em dois restaurantes que são referência em peixes e frutos do mar: Satyricon, no Rio de Janeiro, e Atlantico, que ajudou a fundar e do qual se desligou recentemente, na capital mineira. “No Atlantico, vi que havia muito público para peixes e frutos do mar, mas ficava engessado nisso. Aqui, quero desenvolver a dieta mediterrânea de legumes, frutas e frutos do mar, privilegiando Espanha, Itália e Sul da França”, afirma Wingler. De fato, referências ao Norte da África e ao Oriente Médio (que também são banhados pelo Mar Mediterrâneo) praticamente inexistem.

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Cherne a belle meunière é um clássico do cardápio do Urbano Santiago (foto: Pedro David/Esp. EM/D. A Press)
FRESCOR

Como era de se esperar, a matéria-prima marítima domina o cardápio: cherne, robalo, salmão, atum, camarão, lagosta, vôngole e, ocasionalmente, ostras chegam frescos ao restaurante às terças e sextas. Como é característico da cozinha mediterrânea, preparações com creme de leite e manteiga dão lugar ao azeite. Além dele, há ervas frescas, produtos orgânicos (o tomate é um deles), legumes e, em menor escala, cogumelos, grãos, queijos, nozes e especiarias. A casa assegura utilizar na cozinha o mesmo azeite italiano extravirgem colocado na mesa do freguês. Pães e algumas massas são feitos no local.

As entradas frias privilegiam o frescor dos peixes e frutos do mar com várias preparações cruas, como o trio de peixes (atum, salmão e peixe branco do dia) à moda mediterrânea (R$ 26). Já as frias vão do foie gras grelhado com peras carameladas ao perfume de laranja (R$ 45) ao ravióli de bacalhau ao azeite, tomate e ervas (R$ 22), passando pela sopa de peixe e mariscos inspirada na clássica sopa Leão Veloso.

Entre os pratos principais, destaque para o guisado de rabo de boi com tomate, passas brancas, pinole e cacau, servido com espaguete (R$ 35, individual); o coelho desossado com mini cebolas, cogumelos, azeitona e bacon, com purê de batata ou fetuccine verde (R$ 44, individual); e o frango desossado, marinado em louro e pimenta verde, grelhado e acompanhado por arroz pilaf (R$ 29, individual).

Há, ainda, cordeiro, pato, bacalhau, camarões, risotos, massas e nhoques. Para sobremesa, trio italiano (R$ 18): panna cotta com coulis de frutas vermelhas, semifreddo de chocolate e tiramisù, todos em tamanho miniatura. Carta de vinhos com 100 rótulos (entre R$ 45 e R$ 636, garrafa).

URBANO SANTIAGO
Rua Alvarenga Peixoto, 655, Lourdes. (31) 2535-6169. Aberto de terça a sábado, das 18h30 à 1h; domingo, das 11h às 18h.

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