Expocachaça reúne em BH amantes da bebida

05/06/2009 07:00
Marcelo Rossi/Divulgação
Renato Teixeira e sua viola são atrações de hoje da Expocachaça (foto: Marcelo Rossi/Divulgação)
Cachaça também é cultura. Que o diga a Expocachaça, cuja 12ª edição, em cartaz no Expominas neste fim de semana, vai prestar homenagem especial à viola caipira. “Tanto a cachaça como a viola têm raízes rurais”, afirma o diretor de marketing do evento, José Lúcio Mendes. Segundo ele, de 350 a 400 marcas da bebida, originárias de sete estados, vão marcar presença em BH. Além da fartura da “mardita” em doses e garrafas, o público vai poder desfrutar de ampla programação cultural, além de palestras técnicas destinadas a produtores.

Montada em área de 8 mil metros quadrados, a 12ª Expocachaça também vai prestigiar a cadeia produtiva da cerveja artesanal, com a presença de seis microcervejarias. O público terá à disposição 2 mil assentos na praça de alimentação, cinco restaurantes e palco para shows. “O consumo de cachaça está se tornando uma verdadeira sedução. É cada vez maior o prazer em consumir o produto; o preconceito sempre esteve ligado à desinformação”, garante José Lúcio Mendes, salientando que o brasileiro está aprendendo a consumir cachaça pura com gelo, como qualquer destilado nobre. Na expectativa de receber de 80 mil a 100 mil pessoas no Expominas, ele diz que os negócios podem chegar a R$ 12 milhões, incluindo a venda de equipamentos, produtos, insumos e serviços de consultoria.

O conforto para o público está garantido, informa José Lúcio. “Haverá mais espaço para estacionamento”, afirma ele. Com cerca de 40 mil marcas certificadas pelo Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade (Inmetro), 60% delas em Minas Gerais, o Brasil tem milhares de produtores – 99% são pequenos empresários. Só em Minas, são 700 marcas, muitas delas oriundas de cooperativas – sistema que tem contribuído para reduzir a informalidade do setor. A Coração do Vale, por exemplo, que será lançada na 12ª Expocachaça, reúne 50 produtores de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha.

A criançada também foi lembrada pela organização do evento. Uma fazendinha, especialmente montada no Expominas, é a opção para a garotada ver ao vivo os animais que só conhece por meio de fotos, do cinema e da TV.

PROGRAMAÇÃO CULTURAL

Sexta
20h: Sgt. Peppers Band
22h: Renato Teixeira – Causos e Violas do Sesc-MG

Sábado
21h30: Sérgio Moreira e Os Oscaritos
22h: Banda Menina do Céu

Domingo
11h às 12h30/15h20 às 16h30: Exibição de Marvada pinga, de Alejandro Gedeon e Léa Zagury
12h40 às 13h20: Exibição do programa Planeta Minas, da Rede Minas, sobre cachaça
16h: Guilly Castro interpreta Elvis Presley
18h: Rádio WEB Viola Viva, com Alexandre Viola, Dino Guedes, Téo Ferreira e Mancini & convidados
19h30: Eduardo & Gabriel

REZA DA SANTA CANA

Além de autografar Ave, Cachaça! – Nascimento, Vida, Reza & Glória, Francisco Villela terá trechos do livro interpretado ao vivo, na Expocachaça (Museu da Cachaça), pelo ator Geraldo Capetta e o violeiro Juarez Sales. Trata-se de uma coleção de rezas (ou loas), colhidas pelo próprio autor em festas, encontros e bares de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. “Santa cana que estais na roça/Purificado seja o vosso nome/Venha a nós o vosso líquido/Pra ser bebido à nossa vontade/Assim no boteco como em qualquer lugar”,
diz uma delas.

12ª EXPOCACHAÇA
Expominas, Avenida Amazonas, 6.030, Gameleira. sexta, das 12h à meia-noite; sábado, das 10h à meia-noite; domingo, das 10h às 22h. R$ 15 (inteira) e R$ 7 (meia-entrada, para estudantes e maiores de 60 anos). Crianças até 12 anos não pagam. Informações: www.cachacasdobrasil.com.br

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