Black Dog traz a BH lanche tradicional das madrugadas paulistas

05/06/2009 07:00
Pedro Motta/Esp. EM/D. A PRESS
Casa na Avenida do Contorno, no Santo Antônio: simples como um sanduíche rápido (foto: Pedro Motta/Esp. EM/D. A PRESS)
Depois da invasão dos temakis, a cena belo-horizontina de bares e restaurantes da madrugada acaba de ganhar mais um concorrente: o cachorro-quente com grife. Aberta recentemente, a franquia do Black Dog repete a fórmula das 13 lojas em funcionamento em São Paulo desde 2001: pão com parmesão, variedade de salsichas e, principalmente, oito ingredientes (purê de batata e queijo cheddar entre eles) substituindo o bom e velho molho de tomate. Com Curitiba e Goiânia, a capital mineira faz parte da primeira etapa de expansão da rede.

O dono da ideia, o paulistano Leandro Neves, de 34 anos, começou a vender cachorro-quente na rua, em 1993. Quatro anos depois, montou barraquinha numa travessa da Avenida Paulista, aberta 24 horas por dia. “Comia muito cachorro-quente quando ia pagar contas no Centro. Virei cliente e passei a saber das histórias, do que os donos haviam construído vendendo o sanduíche. Os caras vendiam mil por dia, a R$ 0,50 cada”, conta ele, que hoje faz faculdade de empreendedorismo.

O segredo? “A minha humildade, a qualidade dos produtos e a valorização do cliente. Sempre interajo com os clientes. Pessoalmente e no Orkut. A galera se identifica com a marca”, responde. Quem assumiu a empreitada em Belo Horizonte foram os irmãos Luiz Guilherme e Gustavo Arruda e Souza, de 25 e 23 anos, respectivamente. Ambos conciliam trabalho como engenheiros de controle e automação com a gerência da casa. “Já tínhamos ideia de abrir alguma coisa, só não sabíamos o que. Foi quando um amigo paulistano me disse que o Black Dog estava bombando lá”, lembra Gustavo.

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Cachorrro-quente lacrado com queijo parmesão (foto: Pedro Motta/Esp. EM/D. A PRESS)
Depois de um ano negociando, começaram a procura por um ponto. O local escolhido foi o amplo imóvel que acolheu antigas boates da cidade, na Avenida do Contorno, próximo ao cruzamento com Getúlio Vargas, no Santo Antônio. Com piso preto e branco quadriculado e capacidade para 100 pessoas em mesas de fórmica preta, a casa levou pouco mais de três meses para ser reformada. O horário mínimo de fechamento é às 4h30. “A casa fica mais cheia entre 20h e 23h e nas madrugadas de sexta e sábado. Das 4h às 6h vendemos mais do que num almoço durante a semana”, conta Luiz.

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SEM MOLHO

Servidos em pão simples ou em pão com parmesão, os cachorro-quentes vêm com uma ou duas salsichas e os seguintes ingredientes no recheio: milho, vinagrete, orégano, queijo cheddar, requeijão, maionese, batata palha e purê de batata. Nem pista de molho de tomate. “Algumas pessoas perguntam pelo molho, mas geralmente elas gostam, pelo fato de ser diferente”, garante Luiz. Porém, ele não descarta a implantação de um cachorro-quente com molho de tomate, que chamaria de “mineiro”. Depois de montado, o sanduíche é prensado numa chapa e fechado com uma capa de parmesão.

O preço varia entre R$ 2,90 e R$ 8,90, dependendo do tamanho, variedade de ingredientes, tipo e quantidade de salsichas. Industrializadas, elas podem ser de frango, soja, temperada (com alho), picante ou tradicional. Há opções de promoções do sanduíche com batatas fritas e refrigerantes. O cardápio conta, ainda, com sucos (R$ 2,80, 300ml), chope (R$ 3,90), cerveja em lata (R$ 2,80), açaí (suco, batido com granola ou com banana batida), sorvetes (casquinha, R$ 1,50; e cascão, R$ 2,30) e milkshakes (R$ 6, 500ml).

BLACK DOG
Avenida do Contorno, 6.675, Santo Antônio. (31) 3567-7000. Aberto de domingo a quarta, das 11h às 4h30; quinta a sábado, das 11h às 6h30.

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