Restaurantes de BH dedicam cardápios à cozinha francesa

01/05/2009 04:00
Pedro Motta/Esp./EM
Confit de pato com salada verde e molho de amora do Restaurante Taste Vin (foto: Pedro Motta/Esp./EM)
Em pleno Ano da França no Brasil, encontrar clássicos do país europeu em restaurantes de Belo Horizonte não é tarefa fácil. É mais provável conseguir comer pato com laranja, cassoulet, boeuf bourguignon, bouillabaisse ou coq au vin na casa de um amigo gourmet do que na rua. Para provar algo próximo à ideia de “prato autêntico”, quase sempre é preciso driblar as casas franco-italianas, as contemporâneas, as variadas e os pretensos bistrôs. Do contrário, fica-se apenas com a abrangente “influência francesa”, que vai da organização da cozinha à redução de molhos.

O principal e mais antigo restaurante de cozinha francesa na cidade é o Taste Vin. A casa, que completou 21 anos em janeiro, foi aberta pelo engenheiro Rodrigo Fonseca depois de uma viagem a São Paulo, nos anos 1980. Lá, ele se encantou com o trabalho (e os suflês) do francês Jean Durand, ex-chef do Restaurante Marcel. É o próprio Rodrigo quem assina o cardápio, atualmente executado pelos chefs Flávio Marques da Silva e Alain Patrick Ducasse (que é francês).

No momento, o proprietário do Taste Vin está em Londres. Só volta em junho, prestes a se tornar mestre em vinho pelo Institute of Masters of Wine, do qual é aluno desde 1999. Não por acaso, a carta de vinhos da casa é uma das maiores da cidade: são quase 700 rótulos (a maioria, franceses), alguns trazidos com exclusividade pela importadora dele, a Premium.

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Pedro Motta/Esp./EM
Profiteroles do Restaurante Le Bistro, sobremesa francesa com certeza (foto: Pedro Motta/Esp./EM)
Trabalhar com cardápio preso a pratos clássicos não faz parte da proposta da casa, explica a mulher dele, Isabella Fonseca. “Rodrigo tenta representar aquela comida bem do interior da França, a comida camponesa. Tentamos pegar ingredientes nossos e uni-los a pratos franceses”, afirma ela. Aparições de clássicos no cardápio são raras. A sopa de cebola, por exemplo, só é servida durante o inverno.

Por outro lado, os suflês – especialidade da casa – fazem sucesso o ano inteiro. O de camarão com queijo gruyère e cogumelos é o mais vendido (R$ 65). “Mesmo pedindo outros pratos, as pessoas sempre querem suflê e nem sempre o comem como entrada. Alguns o pedem como acompanhamento. Fica ótimo”, relata Isabella. Ela costuma ver muita gente comendo suflê com filé ao molho de pimenta verde (R$ 48, individual).

Outras pedidas são o confit de coxa e sobrecoxa de pato ao molho de amora e folhas verdes (R$ 48, individual) e o pernil de cordeiro (assado por sete horas) ao molho de ervas e arroz de especiarias (R$ 52, individual). Talvez a entrada mais típica francesa no cardápio seja o patê de campanha (carne de porco, fígado de galinha, toucinho e ervas), que chega à mesa acompanhado por folhas verdes e torradas (R$ 22).

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