Japonês self service com bufê dividido entre quentes e frios

24/04/2009 07:00
Pedro David/Esp. EM/D.A Press
O Restaurante Takê tem bufê com variadas opções e dois andares à disposição do cliente (foto: Pedro David/Esp. EM/D.A Press)
No universo da gastronomia, restaurante self service não é exatamente reduto de apreciadores da boa mesa. Geralmente, não passa de sinônimo de comida honesta, para o dia-a-dia. Mas, como lembra o ditado, para toda regra há exceção, o que se confirma em Belo Horizonte com a bem-sucedida proliferação dos japoneses e chineses a quilo, eleitos não apenas como lugares para matar a fome, mas como programa – da mesma forma como se decide ir a uma pizzaria ou à churrascaria. Eles agradam aos amantes da comida nipônica com sushis em conta e não assustam os refratários ao peixe cru, pois opções quentes chinesas não faltam. A mais nova dessas casas é o Restaurante Takê.

Ele ocupa o imóvel onde funcionava o Santa Felicidade. Foram três meses de reforma, que deram novo ar ao local. O bufê continua no meio do salão, mas rodeado por mesas simples de tampo preto e paredes vermelhas com bambu (takê, em japonês, quer dizer bambu). Novidade é o piso superior, dividido em dois ambientes: tatame com cinco mesas na frente e, no fundo, mesas como as de baixo (à exceção da coletiva), sofás e aquário. O andar de cima pode ser reservado para eventos – e, inclusive, ser atendido por bufê extra.

Comandam a casa os primos Alexandre Liu e Felipe Lobo, ambos de 24 anos. Alexandre é filho de Liu Fat Kong, proprietário do Ni Hao, casa inaugurada em 2006, no Bairro Santo Antônio, praticamente com a mesma proposta do Takê. A diferença entre as duas ficará evidente dentro de aproximadamente um mês, quando o novo restaurante disponibilizar opções japonesas clássicas à la carte. “O self service torna a comida japonesa acessível, pois pedida à la carte sai cara”, acredita Alexandre.

Ele acabou de se formar em administração e, agora, começa a conhecer na prática o mundo da cozinha oriental. Neto de chineses vindos de Macau e integrante de família que comanda outros restaurantes orientais na capital mineira, já aprendeu a primeira (e elementar) lição: “Comida japonesa tem de ser fresca”, conta. Quando sobra tempo, ele vai para a cozinha aprender receitas tradicionais do Japão.

A propósito, quem defende a cozinha é Luís Flávio Nunes, que passou pela área de sushis do Carrefour e, por último, pelo japonês Gendai.

O bufê é dividido em partes japonesa (fria) e chinesa (quente). Entre os primeiros estão as peças mais conhecidas de atum, salmão, pele de salmão, kani e polvo (o molusco é raro em japoneses a quilo), além de variações com ervas finas, geleia de pimenta e tomate seco. Gengibre, pepino agridoce e algumas saladas completam as opções. Na seção quente, dois tipos de arroz, carne fatiada com legumes, camarões fritos e empanados, costelinha ao mel, gyoza, shumai, frutos do mar com cogumelo shiitake e rolinhos primavera. De segunda a sexta, no almoço, o quilo sai por R$ 32,90 – no restante dos dias e horários, a R$ 37,90.

Para beber, chope (R$ 2,90), cervejas long neck (entre R$ 2,90 e R$ 5,50), saquê (entre R$ 7,90 e R$ 12,90), drinques e vinhos. Destaque para o frozen gigante de limão (R$ 42), que pode ser dividido por até cinco pessoas com canudinhos. Entre as sobremesas, petit gâteau (R$ 9,50), tortas variadas (R$ 7,50, fatia) e ice tempura (8,90). A banana caramelada é por conta da casa (uma por pessoa).

TAKÊ
Rua Professor Moraes, 659, Funcionários. (31) 3287-2730. Aberto de segunda a quinta, das 11h30 às 15h e das 19h à 0h; sexta-feira, das 11h30 às 15h e das 19h à 1h; sábado, das 12h às 16h e das 19h à 1h; domingo, das 12h às 16h e das 19h à 0h.

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