Novo restaurante japonês oferece menu com pratos quentes e frios

19/12/2008 07:00
Fotos: Pedro Motta/Esp. EM/D.A Press
Combinado à moda do chefe, Arroz de lula com camarões e quiabo e Drinque red fruit (foto: Fotos: Pedro Motta/Esp. EM/D.A Press)

Para os jovens, no Japão, mayu que dizer saboroso, gostoso. Por lá a palavra também costuma fazer papel de sobrenome. E mayu pode ser associado, ainda, ao casulo do bicho-da-seda, numa alusão ao pós-guerra, quando o País do Sol Nascente renasceu graças à produção da seda. Em Belo Horizonte, Mayu, que dá nome ao mais novo restaurante japonês da cidade, é sinônimo de bom gosto. No mais amplo sentido. Da decoração à escolha dos vasilhames, passando pela elaboração do cardápio e utilização do espaço, amplo sem deixar de ser aconchegante. No sabor dos pratos (frios e quentes), a delicadeza de temperos e molhos bem elaborados é complemento perfeito para belos e bem-preparados drinques.

Instalado em uma região ainda carente de bares e restaurantes – o que é raro – no Bairro Sion (Rua Rubim quase esquina de Avenida Uruguai), o Mayu quer mostrar que não é apenas mais uma casa japonesa de BH. É resultado de pesquisa de mais de dois anos feita pelos proprietários, o casal Mário Reis e Letícia Baptista, que estréia no setor gastronômico com a casa que tem capacidade para 120 pessoas. “Sempre achamos a culinária japonesa uma arte. É muito interessante saborear um peixe cru”, afirma Mário, contando que antes de montar a casa, aberta há três semanas, ele e Letícia viajaram bastante pelo Brasil e exterior, tentando descobrir o que os clientes gostam e o que mais os incomoda quando o assunto é comida japonesa.

Descobriram, por exemplo, que o preço alto costuma ser impeditivo para a freqüência a casas do gênero. Decidiram criar o menu-degustação e o batizaram de festival Mayu, que consiste em oferecer uma seqüência de pratos frios e quentes (cerca de 30), além das robatas (grelhados). Experiência de encher os olhos e alegrar os sentidos, e que não pesa muito no bolso (R$ 46 por pessoa, para degustar à vontade). “Em São Paulo, o menu-degustação funciona muito bem, tanto em bares como em restaurantes”, conta Mário. No Mayu, no caso de o cliente optar por incluir os sashimis no festival, serão cobrados R$ 15 à parte, por pessoa. Além da vantagem do custo, tudo é preparado na hora. “Recebemos peixes de três a quatro vezes por semana, vindos do Chile”, explica o proprietário.

Mário Reis convidou o experiente chef Beto Haddad para dar consultoria gastronômica e assessorar na montagem do cardápio e da cozinha. Destaque das especialidades são as robatas de quiabo, shimeji, salmão com brócolis, polvo com batata e de berinjela recheada com atum. No sushi bar são preparados pratos como o ceviche de frutos do mar cozidos a frio no suco de limão siciliano com cebola, coentro, pimenta fresca e chips de batata. Entre os pratos quentes, camarões empanados com coco e chutney de abacaxi e papelotes de frutos do mar (camarões e lulas com legumes ao curry thai assados em papel alumínio). Para sobremesa, há opções como o ice tempura; a banana da terra grelhada com sorvete e o petit gateau. Coquetéis à base de saquês, espumantes, licores, frutas e condimentos especiais são atração à parte.

MODERNO

O visual clean, móveis de bom gosto e iluminação harmoniosa contribuem para o clima da casa, que tem um salão principal e um mezanino. No balcão do sushi bar (em granito preto com mármore carrara), cadeiras italianas em acrílico dão toque contemporâneo. A ambientação foi criada pela arquiteta Andréa Capanema. Chama a atenção em uma das paredes a escultura de grande porte (4m x 2m) criada sob encomenda por Edney do Carmo, artista da histórica Mariana. “O peixe foi escolhido para abençoar a casa com seu simbolismo”, conta Mário, explicando que a carpa “protagoniza inúmeras lendas no Japão, sempre associadas à força, garra e perseverança”.

MAYU
Rua Rubim, 107, Sion, (31) 3225-6644 e 3225-1666.
Aberto diariamente, das 18h30 ao último cliente.

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