Drinques sem álcool em destaque com a Lei Seca

15/08/2008 07:05
Pedro Motta/Esp. EM/D. A Press
Wainer Santiago e Flávia Rose preferem os drinques coloridos do Capim Limão (foto: Pedro Motta/Esp. EM/D. A Press)
Em tempos de Lei Seca, em que um flambado qualquer anda metendo medo na hora de escolher o que consumir, uma das alternativas é entrar no clima e aproveitar o que bares e restaurantes de Belo Horizonte andam oferecendo à freguesia. De drinques sem álcool a motorista para levar para casa quem bebeu – no próprio carro –, vale tudo para não perder a oportunidade de se divertir. Afinal, diversão não precisa estar necessariamente relacionada ao álcool e quem quer beber pode fazê-lo a qualquer hora e lugar, mas só não pode dirigir depois.

Um dos mais curiosos serviços que foram criados a partir da tão falada nova lei é o de motorista particular. Várias casas de Lourdes, um dos principais pólos gastronômicos da cidade, estão oferecendo esse conforto para quem não quer andar de táxi e não abre mão da comodidade do próprio carro. Funciona assim: um motorista contratado pela casa dirige o carro do cliente e volta de carona com um motoqueiro, que o acompanha durante o trajeto de ida. E na 68 La Pizzeria o serviço custa entre R$ 30 e R$ 60, dependendo do bairro onde mora o freguês. No Dádiva, sai por R$ 20.

Casas um pouco mais afastadas da região central, como o Clube Chalezinho, que fica na divisa entre Belo Horizonte e Nova Lima, também criaram opções para o deslocamento da clientela. Lá, além do serviço de motorista (que custa entre R$ 10 e R$ 30), há convênio com cooperativa de taxistas que barateia as corridas para passageiros com destino à Avenida do Contorno e a bairros da Zona Sul. O preço da corrida pode chegar a R$ 8,75, caso o passageiro divida a viagem com mais três amigos. Outra saída é que grupos “elejam” um amigo para não beber e ficar de motorista. Assim, ele não paga entrada e tem descontos em bebidas não-alcóolicas, petiscos e sanduíches.

FALSOS DRINQUES Por falar em bebidas sem álcool, são justamente elas que estão evidência no momento. São muitas as casas que têm criado pedidas, sejam refrescantes ou cremosas, para quem se abstém dos prazeres de vinhos, cervejas e destilados. Tanto no Capim Limão, quanto no Bodega 361, ambos em Nova Lima (destino em que o táxi acaba ficando caro para quem sai de BH), “falsos drinques” andam em alta. Falsos porque não levam álcool, mas são legítimas boas pedidas de quem gosta de experimentar novos sabores.

No Capim Limão foram criadas cinco opções sem álcool. A primeira leva o nome da casa e é feita com folhas de capim-limão batidas e coadas, limão, água tônica e gelo (R$ 7,50). Entre as demais, coquetel caribenho (abacaxi, leite de coco, leite condensado e gelo batido, R$ 8,90), coquetel tropical (suco de frutas tropicais, leite condensado e gelo batido, R$ 8,90), coquetel de morango com suco da fruta, leite condensado e gelo batido (R$ 8,90) e a – no mínimo – curiosa caipicerva, à base de limão, cerveja sem álcool e gelo (R$ 8,90). Já no cardápio da Bodega 361, destacam-se a caipi de uva (R$ 6,50), à base de água saborizada, e o ousado drinque de suco de morango, manjericão e gelo (R$ 7).

Do outro lado da cidade, na Pampulha, o Restaurante Matusalém também iniciou recentemente aposta nesse tipo de bebida. O cardápio agora conta com opções batizadas de trem bom (morango, kiwi, sorvete de creme, suco de abacaxi e creme de leite; R$ 13,90), lei seca (água com gás, hortelã, groselha e limão; R$ 10,90) e ó pai, ó (suco de coco concentrado, suco de goiaba, sorvete de creme, kiwi e creme de leite, servido num coco verde; R$ 13,90). Na linha “parece mas não é”, merece atenção o virgin mary (R$ 7,80), criado pelo Santafé. Versão não-alcóolica do clássico bloody mary, feita com suco de limão, molho inglês, sal, tabasco e suco de tomate.

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