Restaurante Piacenza é especializado em massas artesanais

18/07/2008 07:00
Pedro Motta/Esp. EM/D.A Press
(foto: Pedro Motta/Esp. EM/D.A Press)
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Talvez você ainda não tenha notado, mas ele está ali desde fevereiro, espremido entre um cinema e uma farmácia, no Bairro Santo Agostinho. As poucas mesas, o teto de madeira e a baixa iluminação tornam o Restaurante Piacenza discreto, mas não menos charmoso. A pequena casa não comporta mais do que 20 pessoas e é comandada pelo chef belo-horizontino Américo Piacenza, que assim consegue dar atendimento mais pessoal a quem visita o local em busca das massas artesanais.

De origem italiana, a família de Américo, que tem 33 anos, trabalha há duas décadas num ateliê de massas quase ao lado do restaurante, que leva o nome da mãe, Mirtes. É lá que ele produz suas massas, como ravióli, fagottini, capeletti, rondele e tortelli, que no restaurante recebem toque pessoal. “Minha mãe foi uma grande incentivadora”, elogia. Como é de se imaginar, a relação de dele com a culinária começou cedo. “Na casa da minha avó, todo mundo se reunia para cozinhar”, lembra.

O envolvimento profissional com a gastronomia ocorreu durante o curso de turismo. “Comecei a fazer eventos gastronômicos em bares. Eram jantares para 30, 40 pessoas”, conta. Ele estagiou em boas casas da cidade, como Vecchio Sogno, Taste Vin e Xapuri, e participou como cozinheiro voluntário de cinco edições do festival de gastronomia de Tiradentes. Ajudou a montar o extinto Cristina com Leopoldina e foi chef do hotel Caesar Business por dois anos. Entre 2005 e 2007, morou na França e acumulou mais experiência.

De volta a Belo Horizonte, chegou a pensar em abrir um bar para servir massas, mas desistiu. O imóvel resultante da reforma da farmácia, disponível para aluguel, foi o início do Piacenza. A área térrea recebeu cinco mesas, balcão de bar e banheiros, enquanto a sobreloja abrigou a cozinha e estoque. Durante o dia, Américo conta apenas com um ajudante na cozinha. À noite, quando o movimento é maior, ele é auxiliado pelo experiente Pepeu, que comandou o antigo É Vero, no Prado.

REFERÊNCIAS As entradas formam a seção do cardápio em que é mais perceptível o estilo do chef. Há opções com certa sofisticação, como o carpaccio de picanha defumada com sorvete caseiro de mostarda dijon (R$ 16,20) e o tartar de carne-de-sol com cebola, tomate e pimentões ao azeite de pimenta (R$ 17,20). “Não há como fugir dessas referências espanholas contemporâneas, mas não me interesso pelo rebuscamento, e sim pela possibilidade de unir técnica universal e ingredientes regionais”, diz o chef.

De fato, seus pratos principais – massas e risotos – espelham receitas e combinações clássicas. É o caso do risoto de queijo brie com presunto cru e geléia de damasco (R$ 24,80), do ravióli de abóbora com amêndoas na manteiga de sálvia (R$ 17,90), do ravióli de lingüiça com cogumelos-de-paris (R$ 20,50) e do tortelli de cordeiro ao molho rôti com raspas de limão (R$ 22,80). Há, ainda, sugestões especiais, trocadas de tempos em tempos. Atualmente, são duas: codorna recheada com pistache, legumes e ervas, servida com polenta assada e próprio molho (R$ 24,80), e camarões flambados no conhaque com legumes ao molho de laranja com gengibre (R$ 28,90).

Entre as sobremesas, destaque para a compota de manga com gengibre, crocante de coco e sorvete de tapioca (R$ 8,50) e para a sopa de morangos com hortelã e emulsão de mel de jataí (R$ 8,50). O chef chama a atenção para a ambrosia (R$ 4), receita de família. A carta de vinhos conta com pouco mais de 20 rótulos (a maioria não passa de R$ 50).

PIACENZA
Rua Aimorés, 2.422, Lourdes, (31) 2515-6092. Aberto de terça a sexta, das 11h30 às 15h e das 19h à 0h; sábado, das 11h30 à 0h.

 

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