Cardápio caprichado a preços razoáveis

27/06/2008 04:00
Pedro Motta/Esp. EM/D. A Press
Instalada na esquina das ruas Antônio de Albuquerque e Levindo Lopes, casa pode receber 108 pessoas (foto: Pedro Motta/Esp. EM/D. A Press)
Apesar da grande movimentação diária, incluindo gente que quer comer e beber, a Savassi tem assistido a poucas inaugurações de bares e restaurantes ultimamente. A mais recente delas foi a do Restaurante 2008, na esquina das ruas Levindo Lopes e Antônio de Albuquerque. Casa com proposta mista, oferece almoço executivo e, à noite, pratos à la carte, além de sanduíches, alguns petiscos e, nos fins de semana, café da manhã. Já a carta de bebidas é recheada principalmente com vinhos e cafés. Se a proposta polivalente vai vingar ou não, só o tempo dirá.

“Falta um espaço meio termo à cidade. Belo Horizonte está virando pólo enogastrômico, mas ou é Comida di Buteco ou é Vecchio Sogno. Os cafés, por exemplo, acabam virando bar. Nosso público quer comer coisa boa, mas sem pagar uma fortuna”, define Juliana Myrrha, que comanda a casa com Deborah Lachini. De fato, os pratos – elaborados com carnes variadas e ingredientes nobres, como presunto cru, arroz arbóreo, frutos do mar e cogumelos – custam em torno de R$ 25.

O imóvel, que abrigou anteriormente lojas de roupas e móveis, passou por seis meses de reformas. “A casa estava caindo e tive que refazer a estrutura”, conta Juliana – ela e Deborah são arquitetas. Somando as mesas de madeira do salão principal às mesas redondas de granito preto da entrada, o ambiente comporta 108 pessoas. As paredes abrigam obras de artistas plásticos da cidade, que permanecem à venda por um mês. Sem toalhas nas mesas, nem maiores pretensões, o ambiente é descontraído.

Bacalhau e sanduíche

No comando da cozinha está o chef Leonardo Cançado, que tem no currículo passagem pelo Vecchio Sogno. Ele assina os risotos de frutos do mar (R$ 28, individual) e de presunto cru, figo fresco e rúcula silvestre (R$ 25, individual), o salmão ao molho de ostra com pimenta rosa e legumes (R$ 28, individual), o peito de pato fatiado ao molho de amora com nhoque (R$ 25, individual), posta de bacalhau em crosta de ervas com batata e presunto cru (R$ 44, individual) e costeletas de cordeiro com talharim de ervas (R$ 44, individual). As massas são feitas lá mesmo. Durante o inverno, será servido um suflê, um caldo e uma salada diferentes por noite.

Bruschettas de tomate (R$ 10) e cogumelos (R$ 13) funcionam como entrada, mas quem quiser petiscar ou comer algo menos substancioso pode optar por um dos cinco sanduíches, como o de salmão marinado ao molho de raiz forte no pão de nozes (R$ 15) ou o de legumes grelhados com mussarela de búfala em ervas no pão de campanha (R$ 13,50), ambos acompanhados por salada ou batatas fritas. Os pães são do atelier Cumpanio.

Entre as sobremesas, destaque para a trilogia mineira (R$ 10): petit gâteau de doce de leite com sorvete de queijo e calda de goiabada. A carta de cafés lista de expresso (R$ 2,30) a drinques com a bebida (sete tipos), passando por 13 receitas clássicas, como o mocha (R$ 4,50), e cinco bebidas frias, como café junino (R$ 10), feito com expresso, sorvete de paçoca e calda de caramelo. Todas as pedidas são feitas com o produto da Frossard.

A carta de vinhos, elaborada pela Rex Bibendi, é composta por 20 rótulos (entre R$ 35 e R$ 193, a garrafa), mas deverá chegar a 60 em breve. Por enquanto, a casa conta com adega climatizada para apenas 12 garrafas.

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