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Ex-ditador panamenho processa criadores de Call of Duty: Black Ops II

Manuel Noriega é retratado como um dos principais antagonistas do jogo

Fernanda Machado

Para muitos gamers, Manuel Noriega é apenas um traidor, talvez o mais detestável dos antagonistas de Call of Duty: Black Ops II. Mas esse personagem na verdade existe: ex-ditador do Panamá, ex-agente da CIA e condenado nos Estados Unidos por tráfico de drogas e outras coisas, Noriega hoje está cumprindo pena em uma cadeia panamenha e, aos 80 anos, decidiu processar a Activision por utilizar sua imagem de forma indevida, colocando-o como um “sequestrador, assassino e inimigo do estado” – no jogo ele é do tipo de cara mau que atira nos próprios soldados.


Em Call of Duty: Black Ops II, a história envolve um grupo de agentes da CIA que se envolve em diversos tipos de missões secretas e fictícias, mas também existem doses de realidade que muitas vezes parecem de mentira, como a operação 'Justa Causa', em que o presidente norte-americano George Bush ordenou a invasão do Panamá com o objetivo de prender Noriega – morreram 23 soldados dos EUA e entre 205 e 314 soldados de Noriega. Já entre os civis, a guerra de cinco dias pode ter levado até 3 mil vidas, além de um jornalista espanhol.


Vale lembrar que o jogo em que Noriega aparece foi lançado em 2012. Ainda assim, ao saber de que estariam lucrando com sua imagem, o ex-ditador decidiu tomar satisfações.

 

Veja um vídeo que mostra um pouco de Noriega no jogo: