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CRIME

Youtuber Júlio Cocielo vira réu por racismo

Comentário do youtuber Júlio Cocielo de 2018 sobre o jogador francês Mbappé - Foto: Reprodução/TwitterFoi confirmada a denúncia de racismo contra o youtuber Júlio Cocielo, de 27 anos, referente a postagens nas redes sociais em 2011 e 2018. A juíza Cecília Pinheiro da Fonseca, da 3ª Vara Criminal de São Paulo, aceitou o caso denunciado pelo Ministério Público.



De acordo com a Constituição Federal, “constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. A lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”. A pena para o crime de racismo é entre 2 a 5 anos de prisão.

Este é o crime que o youtuber Júlio Cocielo está sendo acusado, com base em tuítes do influencer. O que gerou indignação dos seguidores foi publicado em junho de 2018, durante a Copa do Mundo de Futebol. Confira:



Depois disso, muitos seguidores foram pesquisar mais tuítes de Cocielo e encontraram mais falas racistas. Outra delas, publicada em 2010 e dizia “Porque o Kinder ovo é preto por fora e branco por dentro? Porque se ele fosse preto por dentro o brinquedinho seria roubado, KKK #maldade”.



Ele ainda chegou a sugerir o extermínio de pessoas negras, em 2013. “o Brasil seria mais lindo se não houvesse frescura com piadas racistas. Mas já que é proibido, a única solução é exterminar os negros”, disse.

O youtuber chegou a gravar um vídeo para o canal se desculpando sobre o comentário:
 



Segundo a promotora que apresentou a denúncia, Cristiana Steiner, ele praticou a incitou a discriminação e preconceito de cor. “Os comentários de Cocielo reforçam os estereótipos contra os negros numa mídia de largo alcance, sua atividade profissional e sua fonte de renda, contribuindo de modo eficaz para a incitação e proliferação do racismo e de todas as suas consequências psíquicas, sociais, culturais, econômicas e políticas”.

A denúncia foi aceita no último dia 8 e o influenciador tem um prazo de 10 dias para apresentar defesa e possíveis testemunhas.
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.