Fernanda Lima dá adeus ao pai, morto pela COVID-19 após 4 meses de internação

Advogado carioca morreu aos 84 anos; cerimônia de despedida será restrita a poucos familiares

Estado de Minas 18/07/2020 17:10
Instagram/Reprodução
(foto: Instagram/Reprodução)
Morreu aos 84 anos, neste sábado (18), Cleomar Limapai de Fernanda Lima. A notícia foi comunicada pela apresentadora em seu perfil no Instagram. O advogado e contador carioca contraiu a COVID-19 e estava internado há quase quatro meses. 

"Nesses quase 120 dias internado, tu provou mesmo ter fôlego de atleta. Lutou bravamente contra a Covid e depois contra todas as consequências da doença", postou a ex-modelo. "Foi cruel não poder estar ao teu lado durante o processo todo. A única vez que consegui deixar minha bebê para pegar um avião e ir te visitar, tu já não estava mais na UTI. Fiquei abraçada em ti ouvindo essa musica do Cartola que tu tanto adorava. Eu chorava vendo teu olhar vago e observava tuas lágrimas escorrerem também", relembrou.

A despedida, sengundo a Fernanda, será restrita a poucos familiares, já que as aglomerações dos velórios tradicionais estão desaconselhadas pela autoridades sanitárias, uma vez que favorecem a propagação do novo coronavírus. "Mas prometo que, assim que essa pandemia der uma trégua e as pessoas puderem voltar a se abraçar, eu farei um encontro muito lindo, com todos os teus amigos e familiares, pra gente rir bem alto de braços abertos, que nem tu", escreveu a global. 

Fernanda recebeu inúmeras mensagens de apoio de fãs, amigos e outras celebridades. Entre elas, Gisele Bündchen."Sinto muito querida. Que teu paizinho descance em paz. Mandando muito amor e luz pra toda tua família", comentou a ex-top model no post de despedida.

Confira a postagem de Fernanda Lima

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Descansa pai. Paizinho, a primeira foto que escolhi para te homenagear foi essa, pq ela sempre me impressionou pela tua garra nesse salto. Com o tempo eu fui enxergando outras virtudes: a força, a coragem, a determinação, a perseverança e a tua disciplina contida na mesma imagem. Tu foi assim no nosso cotidiano. Nesse jogo de basquete tu tinha 19 anos. Estava na batalha para vencer na vida e sair da pobreza que te acompanhou desde a Lapa no RJ de 1936, quando tu nasceu. Felizmente o basquete te salvou. Te levou pro mundo e finalmente pra Porto Alegre onde tu conheceu a mãe e onde minha história de fato começa. O basquete ficou pra trás e tua luta te levou à faculdade de Contabilidade e depois a de Direito. Acabo de saber por uma tia querida que tu levava a máquina de datilografia para a beira da praia e trabalhava enquanto todos se divertiam. Tudo pra nos dar uma vida com mais conforto. De alguma maneira essa foto me acompanhou e me deu força até o dia de hoje, quando tu resolveu descansar. Ela seguirá me guiando até o meu fim. Nesses quase 120 dias internado, tu provou mesmo ter fôlego de atleta. Lutou bravamente contra a Covid e depois contra todas as consequências da doença. Foi cruel não poder estar ao teu lado durante o processo todo. A única vez que consegui deixar minha bebê para pegar um avião e ir te visitar, tu já não estava mais na UTI. Fiquei abraçada em ti ouvindo essa musica do Cartola que tu tanto adorava. Eu chorava vendo teu olhar vago e observava tuas lágrimas escorrerem também. Espero que tenhas ouvido tudo que falei no teu ouvido. Hoje será uma despedida íntima, mas prometo que assim que essa pandemia der uma trégua e as pessoas puderem voltar a se abraçar, eu farei um encontro muito lindo, com todos os teus amigos e familiares, pra gente rir bem alto de braços abertos, que nem tu. Sim, por que a tua felicidade não cabia num sorriso. O seu corpo inteiro vibrava de alegria. Braços pra cima, abertos e balançando de euforia. Sempre. Com todos. [Continua nos comentários]

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