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J.K. Rowling, autora de Harry Potter, é acusada de transfobia

Autora da saga Harry Potter, a escritora J.K. Rowling se envolveu em uma polêmica neste fim de semana através do Twitter. Através da rede social, a britânica comentou o artigo da (plataforma de mídia) Devex “Criando um mundo pós-COVID-19 mais igual para as pessoas que menstruam".


 
Sobre o texto, Rowling tuitou: "Pessoas que menstruam. Tenho certeza de que costumava haver uma palavra para essas pessoas.”
 
Internautas chamaram os comentários de Rowling de "anti-trans" e "transfóbicos", já que pessoas trans e não-binárias também podem menstruar. Rowling seguiu esse tweet criticando a ideia de que o senso biológico de alguém não é real.
 
"Se o sexo não é real, não há atração pelo mesmo sexo. Se o sexo não é real, a realidade vivida das mulheres em todo o mundo é apagada. Conheço e amo pessoas trans, mas apagar o conceito de sexo remove a capacidade de muitos de discutir suas vidas de maneira significativa. Não é ódio falar a verdade", escreveu ela.
 
Ela acrescentou que respeita o direito das pessoas trans de viver confortavelmente e atacou as pessoas que a chamavam de “feminista radical trans-excludente”.
 
"Respeito o direito de todas as pessoas trans de viver da maneira que lhes parecer autêntica e confortável. Eu marcharia com você se você fosse discriminado por ser trans. Ao mesmo tempo, minha vida foi moldada por ser mulher. Não acredito que seja odioso dizer isso”, acrescentou.


 
A organização de direitos LGBT, Gay & Lesbian Alliance against Defamation (GLAAD), respondeu aos comentários de Rowling, dizendo que a autora se alinhou a uma ideologia que "distorce deliberadamente fatos sobre identidade de gênero e pessoas trans. Em 2020, não há desculpa para atingir pessoas trans.”
 
O GLAAD listou várias organizações transexuais negras para as pessoas fazerem doações e terminou dizendo que as pessoas deveriam conferir o autor de Percy Jackson, Rick Riordan, se precisarem de uma leitura de verão.