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Morre Maria Alice Vergueiro, atriz do viral 'Tapa na pantera'



Morreu, aos 85 anos, a atriz Maria Alice Vergueiro em São Paulo. A notícia foi divulgada por Ivam Cabral, ator, escritor e amigo da família da artista, nas redes sociais. De acordo com ele, a causa da morte foi broncoaspiração.


Maria Alice Vergueiro estava internada desde então com um quadro grave de insuficiência respiratória e pneumonia. Ela chegou a fazer teste para covid-19, mas o resultado também não foi revelado. O Hospital das Clínicas de São Paulo, onde a atriz estava internada desde 27 de maio, ao ser questionado pelo Correio, po r meio da assessoria de imprensa afirmou apenas que a família não autorizou a divulgação de nenhuma informação.

Trajetória


Considerada uma das grandes damas do teatro moderno e da contracultura brasileira, Maria Alice Vergueiro esteve em produções com grupos consagrados, como o Teatro de Arena, sob a direção de Augusto Boal; Oficina, com José Celso Martinez Corrêa; e Teatro do Ornitorrinco, do qual foi uma das fundadoras ao lado de Cacá Rosset e Luiz Roberto Galízia. Em 2006, fez bastante sucesso também na internet com o vídeo viral Tapa na pantera.

 

Maria Alice de Campos Vergueiro nasceu em São Paulo, em 19 de janeiro de 1935. Além de atriz de teatro, cinema e televisão, foi também pedagoga e professora universitária. Estreou no teatro em 1962, no espetáculo Mandrágora, sob a direção de Augusto Boal. Em 1967, passou pelo Teatro Oficina, onde atual na montagem de O rei da vela, de Oswald de Andrade, sob a direção de José Celso Martinez Corrêa. Atuou junto ao Living Theatre e, ao lado de Luiz Roberto Galízia e Cacá Rosset, fundou o Teatro do Ornitorrinco.


Também foi professora da Faculdade de Educação e da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP). No cinema, integrou o elenco de filmes como Maldita coincidência (1979) e Romance (1988), ambos de Sérgio Bianchi, Perfume de Gardênia (1992), de Guilherme de Almeida Prado, e Urubus e Papagaios (1985) de José Joffily Filho. Na televisão, atuou em novelas como Sassaricando e Bebê a bordo.

A última passagem nos palcos foi com a peça Why the horse?, espetáculo no qual encenava o próprio velório e lançava holofotes sobre a luta contra o Mal de Parkinson. A montagem era baseada nas obras de Alejandro Jodorowsky, Fernando Arrabal e Samuel Becket. Em 2018, foi lançado um documentário sobre a atriz, Górgona, com direção de Fábio Furtado e Pedro Jezler.

Maria Alice teve dois filhos com o marido Sílvio de Almeida, Maria Sílvia e Roberto Vergueiro de Almeida.