'É preciso enfrentar o racismo e o fascismo', diz Giovanna Ewbank

A modelo falou sobre os casos de violência contra negros que estão ocorrendo no Brasil e no mundo

Estadão Conteúdo 02/06/2020 14:33
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(foto: Reprodução/Instagram)

"Você está cansada? Eu também. Exausta. Assistimos diariamente a violação da vida, do respeito, da dignidade humana". Assim começa o desabafo de Giovanna Ewbank nas redes sociais.

Publicado o texto nesta segunda-feira, dia 1º, a modelo falou sobre os casos de violência contra negros que estão ocorrendo no Brasil e no mundo. "Um pai de família é estrangulado à luz do dia. Um casal é arrancado de seu carro e preso sem motivos. Um menino é fuzilado dentro de casa e seu corpo sequestrado. Um repórter é algemado ao vivo. Em comum a cor da pele e a ação violenta do Estado. As câmeras registram o racismo nosso de cada dia", afirma.

Giovanna e o ator Bruno Gagliasso são pais de Titi, de seis anos, e de Bless, cinco, ambos adotados no continente africano. Agora, eles estão a espera do terceiro filho, um menino, que se chamará Zyon. A modelo demonstra preocupação com a escalada do racismo e a segurança dos filhos.

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Voce%u0302 esta%u0301 cansada? Eu tambe%u0301m. Exausta. Assistimos diariamente a violac%u0327a%u0303o da vida, do respeito, da dignidade humana. Um pai de fami%u0301lia e%u0301 estrangulado a%u0300 luz do dia. Um casal e%u0301 arrancado de seu carro e preso sem motivos. Um menino e%u0301 fuzilado dentro de casa e seu corpo sequestrado. Um repo%u0301rter e%u0301 algemado ao vivo. Em comum a cor da pele e a ac%u0327a%u0303o violenta do Estado. As ca%u0302meras registram o racismo nosso de cada dia. O esto%u0302mago embrulha, a preocupac%u0327a%u0303o com o futuro dos filhos e%u0301 inevita%u0301vel e um grito de revolta fica entalado na garganta. Quando conversamos com amigos e familiares, a sensac%u0327a%u0303o e%u0301 a mesma. Todos fartos de ver uma estrutura que tortura pessoas pobres e pretas, que silencia ideias, que persegue e intimida cidada%u0303os. Ate%u0301 o dia que o copo transborda e surge uma resposta a%u0300 essa viole%u0302ncia. O povo preto toma as ruas. As torcidas baixam bandeiras e se unem pela democracia. Em todo mundo, mais e mais pessoas compreendem o momento e se juntam a%u0300 luta. A histo%u0301ria nos mostra a importa%u0302ncia desse enfrentamento e O MOMENTO E%u0301 AGORA. Cada um com as ferramentas de que dispo%u0303e e todos unidos por uma sociedade que respeite o cidada%u0303o e a vida. Somos muitos, somos diversos. Nossas vive%u0302ncias e nossas ideias podem ser diferentes, mas algo muito maior nos conecta. O antifascismo e%u0301 o que nos une. Lutar contra a opressa%u0303o, contra o autoritarismo, contra o racismo, contra a poli%u0301tica da morte e%u0301 a nossa forc%u0327a. Acima de tudo, a vida. A revoluc%u0327a%u0303o comec%u0327ou e nada sera%u0301 capaz de deter. ESSA LUTA E%u0301 DE TODOS NO%u0301S!!! %u270A%uD83C%uDFFF%u270A%uD83C%uDFFE%u270A%uD83C%uDFFD #vidaspretasimportam #blacklivesmatter #antiracista #racistasna%u0303opassara%u0303o

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"A preocupação com o futuro dos filhos é inevitável e um grito de revolta fica entalado na garganta. Quando conversamos com amigos e familiares, a sensação é a mesma. Todos fartos de ver uma estrutura que tortura pessoas pobres e pretas, que silencia ideias, que persegue e intimida cidadãos. Até o dia que o copo transborda e surge uma resposta à essa violência. O povo preto toma as ruas. As torcidas baixam bandeiras e se unem pela democracia. Em todo mundo, mais e mais pessoas compreendem o momento e se juntam à luta", afirma.

Para Giovanna, as pessoas precisam sair às ruas e enfrentar o racismo e o fascismo. "Cada um com as ferramentas de que dispõe e todos unidos por uma sociedade que respeite o cidadão e a vida. Somos muitos, somos diversos. O antifascismo é o que nos une. Lutar contra a opressão, contra o autoritarismo, contra o racismo, contra a política da morte é a nossa força. Acima de tudo, a vida. A revolução começou e nada será capaz de deter. Essa luta é de todos nós", conclui.

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