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'A cultura está na base da retomada econômica', afirma a subsecretaria Solanda Steckelberg

A jornalista Solanda Steckelberg, de 46 anos, será nomeada ainda esta semana para ocupar a subsecretaria de Cultura do Estado de Minas Gerais, vinculada à pasta de Turismo e Cultur. A pasta será criada na reforma administrativa do governo Romeu Zema. Com experiência nos setores privado e público, a gestora, que comandou a Fundação Clóvis Salgado e a Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, falou ao Estado de Minas sobre prioridades e desafios da pasta, leis de incentivo e sobre o que pretende fazer para preservar o patrimônio histórico do Estado. 

Quais são suas prioridades à frente da pasta?
Escutar o setor, alinhar expectativas, preparar o melhor plano de ação pra gestão acelerar a retomada do desenvolvimento cultural, que é essencial para o crescimento de Minas Gerais e do Brasil.

 Você atuou na Fundação Clóvis Salgado, nível estadual, e na Fundação de Cultura, nível municipal. Quais são os desafios da cultura na gestão pública?
 Brinco que são três os desafios fundamentais da Cultura. Número 1: planejamento. Número 2: planejamento. Número 3: planejamento. Isso tudo com foco, força e agilidade.
 
Qual a sua percepção em relação ao Sistema de Cultura que foi instituido durante o mandato do ex-secretário de Cultura Angelo Oswaldo? O que será mantido?
A Cultura está sempre em processo vivo e potente de movimentação, assim como a gestão.
Angelo foi meu chefe. O admiro e respeito muito. Um mestre. Estou aqui pra honrar o passado e ampliar os horizontes, como inclusive Angelo sempre ensinou.
 
Em sua gestão, qual o peso as leis de incentivo e fundos terão para o implementação de projetos?
Nesta terça (12), estou em Brasília em reunião com o diretor de Fomento Indireto da Sefic - Diretor de Fomento e Incentivo à Cultura, Odecir Prata. Logo mais me encontrarei com o secretario especial de cultura, Henrique Pires. Pretendemos aprimorar os processos, os resultados e valorizar cada vez mais a expressão cultural e artística mineira. Temos como atrair investimentos e gerar mais emprego e renda, que é objetivo central dessa gestão.
 
Nesta semana,  assistimos perplexos ao incêndio na Igreja do Rosário em Ouro Preto.
O que a pasta pode fazer para proteger o patrimônio histórico em Minas? 
Buscaremos mais investimentos para o acautelamento e proteção dos patrimônios protegidos pelo Estado, bem como buscaremos manter o melhor alinhamento possível e forte atuação com o Governo Federal, compreendendo esta missão de maneira sistêmica, com ações integradas e objetivas. O Secretário Matte, inclusive, já lidera, em conjunto com o Comando Maior, uma campanha de combate e prevenção de incêndio a ser promovida pela TV Minas.
 
Há uma crítica que vem de parte da sociedade ao setor cultural, aos artistas, em especial à Lei Rouanet. Qual o papel a cultura tem para o desenvolvimento de um estado?
 Sem cultura não há criatividade. Sem criatividade não há inovação. Sem inovação não há indústria, nem comércio, nem ciência e por aí em diante. Sem contar o caráter cidadão fundamental que exerce. Ou seja, sem Cultura não alcançamos a expressão de nós mesmo. Neste sentido, a Cultura está a base da retomada econômica

Qual a sua avaliação em relação a essas críticas ao setor cultural?
Políticas são construídas conjuntamente.
E o poder é do povo. As críticas são fundamentais e só com elas ajustamos os caminhos e resultados.
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