Secretaria de Cultura comemora descentralização de recursos na cultura

Com novos programas de incentivo, governo indica que projetos do interior estão fortalecidos em Minas

por Estado de Minas 15/06/2018 14:01

SEC / Divulgação
Bandas civis, muito fortes no interior, estão entre os alvos das ações (foto: SEC / Divulgação )
Depois de mudanças realizadas nos últimos anos, o governo de Minas Gerais comemora os resultados do novo edital da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. De acordo com o Executivo, houve democratização e descentralização dos recursos destinados à área.

O último edital previu R$ 92,3 milhões em incentivos, o maior valor registrado na história da lei. De acordo com a Secretaria de Estado da Cultura, 45% desses recursos foram destinados a projetos de fora da capital.

 

De acordo com a pasta comandada por Angelo Oswaldo de Araujo Santos, R$ 271 milhões, via incentivo fiscal e Fundo Estadual de Cultura, foram destinados, desde 2015, a 1.720 projetos culturais – 1.005 deles no interior.

 

Programas como o Música Minas e o Bandas de Minas ganharam destaque. Forte tradição no interior, as bandas civis foram fortalecidas pelo edital de doação de instrumentos, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). O edital disponibiliza R$ 1 milhão para a compra de instrumentos, indumentárias, realização de oficinas e outras ações de fomento.

 

O edital 2017 trouxe algumas inovações, como a inserção das bandas militares no escopo do programa. Conjuntos em funcionamento na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros vão receber 200 instrumentos musicais, no valor de R$ 500 mil. 

 

O programa de apoio a viagens foi modificado. De acordo com o comunicado do governo mineiro, até 2014, ele era regido pela Resolução nº 026 e fornecia apenas passagens aos artistas. Com a implantação do Circula Minas, esse edital de intercâmbio passou a conceder recursos a título de ajuda de custo para financiar hospedagem, gastos com alimentação e seguro viagem. O valor do recurso destinado à ação passou de R$ 110 mil, em 2014, para R$ 300 mil em 2018. 

 

Um dos beneficiados pela medida foi o coletivo de teatro Fio Cena, de Teófilo Otoni, que foi para Valparaíso, no Chile, onde apresentou o espetáculo Ela com o apoio do Circula Minas.

 

O programa também possibilitou a ida do cineasta Cássio Pereira dos Santos, de Patos de Minas, a Chicago, nos Estados Unidos, em junho do ano passado. Dirigido por ele, o curta Marina não vai à praia ganhou o prêmio de melhor filme pelo júri popular no Global Girls Film Festival. De 107 projetos aprovados pelo programa, 67 são de BH e 40 do interior.

 

Com a ampliação do Fundo Estadual de Cultura, que administra R$ 9,5 milhões, o governo mineiro investiu na capacitação de agentes culturais no interior. O objetivo é difundir informações sobre procedimentos de elaboração e avaliação de projetos, subsidiando a elaboração de propostas para o edital.

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