Dedicado às relembranças de BH, Museu Abílio Barreto funciona no feriadão

Espaço é opção para quem quer fugir da folia

por Ana Clara Brant 05/02/2016 08:00
Ricardo Iaf/divulgação
(foto: Ricardo Iaf/divulgação)
Enquanto BH cai na folia, o Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB) funciona normalmente. Instalada na antiga Fazenda do Leitão, remanescente do arraial do Curral del-Rei, berço da capital mineira, a instituição oferece exposições especiais.


A mostra Museu e a cidade sem fim, por exemplo, comemora os 70 anos do MHAB, enquanto Quando é carnaval reúne imagens da folia de rua contemporânea. O público poderá conferir tanto fotografias do artista Luiz Pontel quanto objetos de foliões ligados a blocos de BH.

A exposição 3º sinal: Belo Horizonte em cena aborda movimentos das artes cênicas e seus personagens ao longo da história da cidade. No foyer, Encontros e esquinas relembra histórias do Bairro Santa Tereza.

LOCOMOTIVA O visitante pode conferir também a coleção Transporte: Itinerários derradeiros, instalada nos jardins da antiga Fazenda do Leitão. Ali estão veículos e maquinaria ligados diretamente ao desenvolvimento do sistema de transportes e ao processo de evolução urbana da capital até meados do século 20. Carro de boi, locomotiva a vapor, bonde elétrico e coche “dialogam” com o elevador.

Célia Regina Araújo Alves, gestora do MHAB, comenta que muita gente prefere programas mais tranquilos durante o carnaval. Daí a importância de espaços como o Abílio Barreto abrirem as portas nos feriadões. “É uma excelente oportunidade para quem não conhece o museu ou quer rever locais que falam da memória, da história e do patrimônio da capital mineira”, observa.

Além das mostras permanentes, o Abílio Barreto expõe peças e telas de sua reserva técnica, que são trocadas de quatro em quatro meses para dar oportunidade ao público de conhecer um acervo rico e variado.

LORENZATO
O visitante pode conferir uma tela do artista plástico Amadeo Lorenzato (1900-1995), nome importante das artes visuais da capital mineira. A obra, que retrata cenas urbanas, expressa a singularidade do escultor e pintor, que ficou conhecido por preparar as próprias tintas e finalizar os trabalhos usando pentes.

“A peça em destaque é uma leiteira doada ao museu pela família de Raul Tassini. Datada do século 20, foi fabricada em louça branca e ornada com a xilogravura de uma gueixa, característica do japonismo. É um objeto delicado e muito bonito, possivelmente usado nos cafés da tarde, hábito usual entre as famílias mineiras”, explica Célia Regina.

MUSEU HISTÓRICO ABÍLIO BARRETO

Avenida Prudente de Morais, 202, Cidade Jardim, (31) 3277-8573. Funciona de hoje a domingo, das 10h às 17h. Fecha na segunda-feira. Terça-feira, das 10h às 17h. Quarta-feira, das 10h às 21h. Entrada franca.

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