A partir desta cena foi construída a novela gráfica Baixo Centro (Miguilim, 64 páginas), do quadrinista Jão, que foi lançada neste domingo à tarde, durante o Duelo de MCs, embaixo do Viaduto Santa Tereza.
“A partir disso, criamos uma história curta. Engavetei o projeto, até que percebi como o contexto político do país e o discurso do ódio eram favoráveis a que a história começasse a ser desenhada. Tanto que ela acabou virando uma novela, com personagens secundários e situações além da principal”, explica Jão.
O quadrinista diz que a correria dos personagens é metáfora da juventude atual, “sempre correndo”. Iniciativas como o Duelo de MCs e o movimento Praia da Estação foram referências para a narrativa, ainda que não apareçam diretamente na novela.
Baixo Centro não tem diálogos.
Quadrinista há oito anos, Jão estreia no formato graphic novel depois de publicar trabalhos em antologias e revistas independentes de quadrinhos. Este ano, ele também produziu a série de animação Às vezes, exibida pela Rede Minas.
NO FIQ
Jão vai autografar Baixo Centro durante o Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ), na Serraria Souza Pinto (Av. Assis Chateaubriand, 809, Centro). Serão duas sessões: sábado que vem, às 16h, no estande da editora Miguilim, e dia 15, também às 16h, na Praça Cartunista Afo. Entrada franca.
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