Equipe do Estado de Minas acompanha um fim de semana cultural em BH

Cidade pulsa em atrações e mostra vocação para a cultura

por Estado de Minas 11/05/2015 09:17

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Marcos Vieira/EM/D.A Press
(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Belo Horizonte já foi chamada de “roça iluminada”, mas a realidade tem mostrado a grandeza da capital mineira em vários aspectos. No caso da cultura, a cidade foi berço de movimentos artísticos importantes, nos mais variados segmentos, e se orgulha de seus filhos. Da música do Clube da Esquina ao teatro do Grupo Galpão, da literatura de Drummond e Pedro Nava à dança do Corpo e tantos outros representantes de alto nível, seja no cinema, na pintura ou escultura, na arquitetura e em outros ramos da arte e da história. O que vem de fora é também recebido com gosto, pois tudo isso acrescenta, fortalece e encanta. A equipe de reportagem do Estado de Minas foi conferir como a arte pulsa nas veias da capital mineira ao longo de um dia inteiro em um fim de semana.


DIVA
Maria Bethânia subiu ao palco do Palácio das Artes na ponta dos pés, como de costume, com um pequeno atraso. Durante pouco mais de uma hora e meia, a cantora baiana (foto) celebrou 50 anos de carreira com o espetáculo 'Abraçar e agradecer', revisitando clássicos de parceiros inesquecíveis, como Chico Buarque e Caetano Veloso, mas também mostrando sua faceta atual, com inéditas de Dori Caymmi, Paulo César Pinheiro e Flávia Wenceslau. O ápice ocorreu quando declamou em português a letra da canção 'Non, je ne regrette rien', imortalizada por Edith Piaf, e depois a interpretou em francês, levando ao delírio o já emocionado público. Para terminar, emendou o sucesso 'O que é, o que é', de Gonzaguinha, fazendo a plateia se levantar das cadeiras e reverenciar com aplausos, gritos e flores uma das maiores damas da música brasileira. (Fernanda Machado)


TRIBUTO
DANI GURGEL./DIVULGAÇÃO
(foto: DANI GURGEL./DIVULGAÇÃO)
Mônica Salmaso (foto) e Dori Caymmi fizeram um tributo duplo no Sesc Palladium, na sexta-feira. Ao melhor estilo Minas com Bahia, o espetáculo homenageou Ary Barroso e Dorival Caymmi. Acompanhados ao piano por Nelson Ayres e nos sopros por Teco Cardoso, a dupla releu ideias do disco 'Ary Caymmi/Dorival Barroso: Um interpreta o outro' (1958). Diante de cerca de 1,2 mil pessoas, Mônica assumiu a missão de interpretar o repertório de Dorival. Já Dori emprestou voz e violão elétrico às composições de Ary. Destaque para a reinterpretação em duo de 'Na baixa do sapateiro' (Ary Barroso), com vocais de Caymmi idênticos aos do pai. Já as faixas melancólicas de Dorival, como 'Sargaço mar' e 'Dora', ganharam na voz de Salmaso contornos parecidos aos conferidos por outra herdeira do autor, Nana Caymmi. (Bossuet Alvim)


TEATRO
Divulgação
(foto: Divulgação)
Nem mesmo a falha do som na estreia do espetáculo 'Nômades' (foto), no Cine Brasil, tirou a emoção da tragicomédia, que fez apenas duas sessões em Belo Horizonte. “Deu um problema no som. Vamos fazer bonito”, prometeu a atriz Andrea Beltrão, que dividiu o palco com Manu Galli e Mariana Lima. “Solta gostoso o som, maestro”, pediu bem-humorada. Promessa cumprida. O público foi pontual e, às 21h, cerca de 70% dos 900 lugares vendidos estavam ocupados. A apresentação começou 15 minutos depois dos anúncios institucionais. O público levou numa boa a demora, mas não resistiu quando ouviu a frase “Brasil, pátria educadora”, assinatura do governo federal em projetos aprovados em recursos da Lei Ruanet. “Educadora onde?”, perguntou em tom de deboche uma universitária, que preferiu não se identificar. (Helvécio Carlos)


PINTURA
EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS
(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)
Prestes a completar seu primeiro mês em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil, a mostra 'Kandinsky: Tudo começa num ponto' (foto) já foi vista por 43 mil pessoas (números referentes a 4 de maio; a próxima atualização será feita amanhã). No Rio de Janeiro e em Brasília, a mostra teve um público de 720 mil pessoas. A trajetória do precursor do abstracionismo, exposta ao lado de obras de seus contemporâneos e de objetos que o influenciaram, faz um caminho que vai da cultura popular até a completa abstração. Para quem quer fugir das filas, nos fins de semana o meio da tarde é menos concorrido que as manhãs. Aos desavisados: assim que a exposição do terceiro andar termina, vale uma ida até o pátio para conferir, com óculos 3D, os detalhes da tela 'No branco' (1920), um dos destaques da mostra. (Mariana Peixoto)


À FRANCESA
CINEMATECA DA EMBAIXADA DA FRANCA/DIVULGAÇÃO
(foto: CINEMATECA DA EMBAIXADA DA FRANCA/DIVULGAÇÃO)
Começa às 16h a primeira sessão da mostra 'Clássicos do Cinema Francês Restaurados', que está em cartaz no Cine Humberto Mauro. Meia hora antes já se formou no local uma animada fila no sábado para ver 'Os guarda-chuvas do amor' (foto), de Jacques Deny, vecedor da Palma de Ouro em Cannes em 1964. Público majoritariamente cabeça de prata, que não havia visto, mas ouvira falar do filme. E além disso, explicaram, eram admiradores dos filmes e atores franceses. A turma adora a sessão da tarde. Fica mais fácil ir embora para casa depois da sessão, sem os riscos da noite, justificam. Mercia Abdo, de 66 anos, vai ao Cine Humberto Mauro de segunda a sexta-fira e, no sábado, se o filme for bom. “O preço do ingresso vale a pena”, ironiza: a entrada é franca, o que explica a rápida formação de uma nova fila para a sessão das 18h. (Walter Sebastião)


SERTANEJOS
LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS
(foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)
Às 21h13 de sábado, Henrique & Juliano encerravam o show no Festival Brasil Sertanejo, na Esplanada do Mineirão, com 'Eu chamo você volta'. A dupla animou o público na quarta apresentação da noite no Esplanada do Mineirão, por onde também passaram o grupo Aviões do Forró e mais Victor & Fabiano, Henrique & Diego, Jads & Jadson e César Menotti & Fabiano (foto). Quanto a esses últimos, radicados há anos em Belo Horizonte – César nasceu em Itapira (São Paulo) e Fabiano em Califórnia (Paraná) –, eles realmente se sentiram em casa e contaram com coro afinado da plateia em muitos de seus sucessos, como 'Fazer leilão', 'Não era eu', 'Como um anjo', 'Ciumenta' e, o maiores deles, 'É aqui que eu amo'. Segundo informações dos organziadores, o público chegou perto de 30 mil pessoas. (Júlia Boynard)

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