O mineiro Márcio Sampaio é um poeta que busca ampliar os horizontes da palavra. Recém-empossado na cadeira nº 28 da Academia Mineira de Letras, o artista apresenta na galeria da casa um resumo de seus 50 anos de dedicação ao ofício. A exposição Poesia além do verso reúne textos, instalações, peças e seus queridos objetos-poemas.
“Não importa a forma como a poesia se manifesta. Ela está presente onde colocamos o nosso olhar criativo”, explica Sampaio, que exibe trabalhos produzidos desde 1964 e criações inéditas. Suas colagens trazem imagens “criadas e transcriadas”, como ele gosta de dizer. Márcio desconstrói objetos, ressignifica materiais encontrados na natureza, transforma resíduos industriais em “coisas poéticas”.
Bem-humorado e lírico, esse mineiro nascido em 1941, em Santa Maria de Itabira, tornou-se mestre em “desinventar objetos”, como diz o poeta Manoel de Barros (1916-2014). A palavra é sua matéria-prima. Artista plástico, escritor, curador, ensaísta e militante da cena cultural de BH desde os anos 1950, ele lançou o primeiro livro, Rubro apocalíptico, em 1964, com recomendação de Carlos Drummond de Andrade. Diretor da Galeria Pilão, em Ouro Preto, lançou os objetos-poemas nos anos 1960.
Posteriormente, Márcio comandou o Suplemento Literário de Minas Gerais e o Museu de Arte da Pampulha, organizou o Festival de Inverno de Ouro Preto e colaborou com a Bienal de São Paulo. Em 2005, Belo Horizonte e cidades do interior de Minas Gerais receberam a mostra Declaração de bens, a primeira retrospectiva de seus 50 anos de trabalho.
PARA ALÉM DO VERSO
Trabalhos de Márcio Sampaio. Academia Mineira de Letras, Rua da Bahia, 1.466, Centro, (31) 3222-5764. De terça a sexta-feira, das 10h às 18h. Até 22 de abril.
“Não importa a forma como a poesia se manifesta. Ela está presente onde colocamos o nosso olhar criativo”, explica Sampaio, que exibe trabalhos produzidos desde 1964 e criações inéditas. Suas colagens trazem imagens “criadas e transcriadas”, como ele gosta de dizer. Márcio desconstrói objetos, ressignifica materiais encontrados na natureza, transforma resíduos industriais em “coisas poéticas”.
Bem-humorado e lírico, esse mineiro nascido em 1941, em Santa Maria de Itabira, tornou-se mestre em “desinventar objetos”, como diz o poeta Manoel de Barros (1916-2014). A palavra é sua matéria-prima. Artista plástico, escritor, curador, ensaísta e militante da cena cultural de BH desde os anos 1950, ele lançou o primeiro livro, Rubro apocalíptico, em 1964, com recomendação de Carlos Drummond de Andrade. Diretor da Galeria Pilão, em Ouro Preto, lançou os objetos-poemas nos anos 1960.
Posteriormente, Márcio comandou o Suplemento Literário de Minas Gerais e o Museu de Arte da Pampulha, organizou o Festival de Inverno de Ouro Preto e colaborou com a Bienal de São Paulo. Em 2005, Belo Horizonte e cidades do interior de Minas Gerais receberam a mostra Declaração de bens, a primeira retrospectiva de seus 50 anos de trabalho.
PARA ALÉM DO VERSO
Trabalhos de Márcio Sampaio. Academia Mineira de Letras, Rua da Bahia, 1.466, Centro, (31) 3222-5764. De terça a sexta-feira, das 10h às 18h. Até 22 de abril.