No mezanino, elas tentam criar o ambiente que melhor expresse o trabalho do coletivo, no qual, além de cartas trocadas entre si, no início, estão coisas mais íntimas e delicadas, tais como calcinhas e pinturas feitas à base de sangue menstrual. Anis Zoberi, Anna Anastasia, Fernanda Siqueira, Giulia Souza, Isabel Chaves, Júlia Filgueiras G. Dutra, Laura Belisário, Luiza Hermeto Mascarenhas, Lurdes Zanon, Maria Clara Cheib, Maria Laura Moreira, Maria Navarro e Maria Vaz estão entre as meninas que criaram a instalação, muitas das quais também contribuíram para as fotos que estão expostas no térreo da casa noturna.
Entre as 30 fotografias expostas, a maioria foi produzida por Maria Vaz e Maria Navarro, esta última, atualmente na Europa, também responsável pela produção de um vídeo exibido na exposição. Durante as seis semanas em que a mostra estará em cartaz no Galpão Benfeitoria, toda quarta-feira haverá a projeção de filmes dirigidos por mulheres, entre as quais Sara Não Tem Nome, Daniela Meira, Amanda Gomes e Ana Moragi, de Belo Horizonte, e Alice Drumond, de São Paulo.“O nosso coletivo trabalha exatamente as diferenças. Para mim, por exemplo, ser mulher tem a ver com luta, respeito e conquista de espaço. Eu não consigo separar as coisas”, afirma Giulia Souza, que diz se perguntar no dia a dia o significado de tal condição. Depoimentos de mulheres, transexuais, travestis, meninas jovens e nem tão jovens, previamente gravados, também integram a exposição.
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Desta quarta-feira até 1º de abril, no Galpão Cultural Benfeitoria (Rua Sapucaí, 153, Floresta). Visitação de quarta-feira a domingo, das 19h à 1h. Entrada franca. Informações: (31) 9873-2365.