O cinema e as artes cênicas mineiras perderam ontem um de seus maiores ícones. Vítima de problemas cardíacos, morreu, aos 92 anos, o ator Ezequias Marques, cuja história praticamente ilustra a trajetória do teatro e do cinema da capital. Mineiro de Passos, no Sul, ainda na infância Ezequias descobriu a arte por meio do circo.
Era 1932 e, para se ter ideia do impacto sofrido pelo então menino diante de um espetáculo de circo, a família conta que ele tentou fugir de casa, para acompanhar a trupe. “Na época, para não mexer mais com arte, ele teria ficado de castigo, de pé na porta da cozinha a noite inteira”, relata o filho Marcelo Marques, que ouviu o episódio várias vezes narrado pelo próprio pai. O corpo do ator será enterrado hoje, às 13h, no Cemitério Parque da Colina, depois de velado no Teatro Marília.
“Um ator pronto, que não cansava de trabalhar e retrabalhar seus personagens, além de ser excelente companheiro profissional”, resume o diretor Pedro Paulo Cava, que teve a chance de trabalhar com Ezequias em várias oportunidades. A última delas, em 'A secreta obscenidade de cada dia', de 1992, peça dirigida por Wilson Oliveira e produzida por Pedro Paulo.
Era 1932 e, para se ter ideia do impacto sofrido pelo então menino diante de um espetáculo de circo, a família conta que ele tentou fugir de casa, para acompanhar a trupe. “Na época, para não mexer mais com arte, ele teria ficado de castigo, de pé na porta da cozinha a noite inteira”, relata o filho Marcelo Marques, que ouviu o episódio várias vezes narrado pelo próprio pai. O corpo do ator será enterrado hoje, às 13h, no Cemitério Parque da Colina, depois de velado no Teatro Marília.
“Um ator pronto, que não cansava de trabalhar e retrabalhar seus personagens, além de ser excelente companheiro profissional”, resume o diretor Pedro Paulo Cava, que teve a chance de trabalhar com Ezequias em várias oportunidades. A última delas, em 'A secreta obscenidade de cada dia', de 1992, peça dirigida por Wilson Oliveira e produzida por Pedro Paulo.
“Lembro-me dele desde 1968, quando fez 'A vida impressa em dólar', sob a direção de José Antonio de Souza”, rememora Pedro Paulo Cava, que ainda produziu 'O interrogatório', em 1973, quando Ezequias brilhou sob a direção de Jota D’Angelo. Nos anos 2000, Ezequias, que deixa sete filhos e vários netos, foi enfocado no livro-documentário 'Isso é teatro – Memórias e iconografia do ator Ezequias Marques', escrito e produzido pelo filho Alexandre Pimenta e a nora Beatriz Goulart. No cinema, além de dois dos maiores sucessos do diretor Helvécio Ratton – 'A dança dos bonecos', marco do cinematografia infantojuvenil brasileira, e 'O Menino Maluquinho' –, o ator também fez 'Bang bang', do italiano Andrea Tonacci, radicado no Brasil, entre outros longas-metragens.