Kim descobre que a mãe está doente. Há apenas uma forma de salvá-la: encontrar a misteriosa Flor de Irauadí. A jovem sai em busca do remédio, mas não sabe por onde começar. No caminho, depara com seres estranhos, nem sempre amigáveis. Quem for ver a peça 'A jornada de Kim' deve se preparar: há muitas supresas no palco, todas vindas da técnica peculiar usada pelos atores. O rosto dos personagens é formado por pés, joelhos e mãos cujos insólitos movimentos costumam divertir o público.
“Fazemos teatro de manipulação do corpo”, explica o carioca Diogo Villa Maior, diretor da peça e autor do texto. A técnica veio da peruana Cia. Hugo e Ines, que desenvolve essa pesquisa há mais de duas décadas. Cada cena cobra detalhamento minucioso. Villa Maior teve de dirigir o pé de um ator, por exemplo. O elenco atua em várias posições: deitado, sentado ou com os pés enfiados em buracos dispostos estrategicamente no palco.
Villa Maior diz que o público verá uma história sobre autodescoberta. A personagem lida com a capacidade de se sentir responsável pelas próprias decisões, é desafiada a buscar solução para seus problemas.
“Kim é muito ligada à mãe, mas não depende dela. Originalmente, o protagonista era menino, mas como Natalia Troppe, de 20 anos, tem aquele perfil, o personagem foi para ela. “Moleca e muito jovem, a atriz tem a mesma energia de Kim, a energia da descoberta do mundo”, revela. Alexandre Francisco, Andrea Santiago, Laura Becker e Ricardo Cabral contracenam com Natalia.
'A JORNADA DE KIM'
Sexta, às 14h; sábado, às 16h. Sesc Palladium, Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro. R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia-entrada).