De São Paulo — Numa cerimônia realizada hoje pela manhã no Teatro do Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, com a atriz Fernanda Montenegro — acompanhada pelo Conjunto de Música Antiga da USP — declamando trechos dos Sermões do Padre Antonio Vieira (1608-1697), foi aberta oficialmente a 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que vai até o dia 31.
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"Com seu talento, eles nos ajudaram a conhecer um pouco mais a alma do povo brasileiro. Eles plantaram sementes em terra fértil", disse a ministra. Em seguida, Marta Suplicy fez um passeio pela Bienal do Livro, visitando os estandes das editoras que aderiram ao Vale-cultura, que, segundo ela, apesar de algumas resistências, está indo muito bem. A ministra anunciou ainda que a escritora mineira Guiomar de Grammont, professora da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), será a curadora de literatura brasileira do Salão do Livro de Paris, que será realizado em março do ano que vem, no qual o Brasil será o país homenageado.
Karina Pansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro, promotora da bienal em parceria com o Sesc, também falou sobre o evento. "Queremos fazer dessa bienal um evento inesquecível, mais cultural do que nunca, com os leitores sendo os principais protagonistas", disse. Já o ministro da Educação, Henrique Paim, afirmou que o Brasil despertou tardiamente para a importância da educação como prioridade para o seu desenvolvimento. "Estamos em busca do tempo perdido e uma bienal como essa, dentro deste contexto de ajudar na divulgação do livro e a fomentar o hábito da leitura, tem grande importância."
Além da literatura, serão também realizados na bienal eventos ligados ao cinema, artes plásticas, teatro e gastronomia, além de extensa programação voltada para o público infantil e infantojuvenil. Entre os escritores estrangeiros presentes ao evento estão Ken Follet, Harlan Coben, Cassandra Clare, Sally Gardner e Kiera Cass. Já os brasileiros estarão representados por Nélida Piñon, Ignácio de Loyola Brandão, Cristovão Tezza e os mineiros Léo Cunha e Paula Pimenta, entre outros.
De acordo com a Câmara Brasileira do Livro, o investimento total foi de R$ 34 milhões, sendo R$ 4,8 milhões captados via Lei Rouanet. A 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo tem 350 expositores, que representam 750 selos. A expectativa é receber um público de 700 mil pessoas durante todo o período do evento.