Mostra Horizontes Urbanos vai levar dança a espaços públicos da capital

Artistas brasileiros e estrangeiros ocupam as ruas com performances que vão até a quinta-feira

por Mariana Peixoto 18/08/2014 08:40

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
Horizontes Urbanos/divulgação
O espanhol Daniel Gómez na performance Camino vertical, que será apresentada na Praça da Liberdade (foto: Horizontes Urbanos/divulgação)
É dança contemporânea, mas fora do palco e voltada para olhar menos especializado. De hoje a quinta-feira, será realizada a quinta edição da Horizontes Urbanos – Mostra Internacional de Dança em Espaço Urbano. Onze montagens (oito nacionais, três estrangeiras), entre espetáculos e performances, serão encenadas. A ideia é levá-las a lugares que fazem parte do cotidiano da capital, como praças, quarteirões fechados, instituições públicas e rodoviária. Há até um cortejo na rua.


“O festival foi feito para o transeunte, para o cidadão comum. Quando colocamos uma interferência de dança no espaço urbano, o olhar da pessoa que passa por ali todos os dia é deslocado. Ela pode assistir por um minuto ou acompanhar toda a performance. Qualquer contato com a dança será válido”, afirma o curador Wagner Tameirão.

Esta noite, a abertura terá apresentações na Funarte MG. Às 6h30 de amanhã, a cidade vai “acordar” com a performance que vai da Praça da Liberdade à Savassi, com participação de músicos da Dixieland Ouro Preto e bailarinos convidados. “Experimentamos vários locais da cidade em outras edições do evento, agora vamos nos concentrar na Região Central”, explica Tameirão.

Entre as atrações internacionais, destaca-se 'Pichet Klunchun and myself', que reúne o coreógrafo e bailarino francês Jérôme Bel e o tailandês Pichet Klunchun. Na performance, a mais longa da mostra (com 100 minutos), os dois comparam a dança contemporânea com a dança milenar tailandesa. Grupos e bailarinos conhecidos do cenário mineiro também participam, como Dudude Herrmann, Thembi Rosa, Margô Assis e o coletivo Movasse.

De acordo com Tameirão, quando o evento foi concebido, há cinco anos, havia uma dificuldade em encontrar projetos para dança em espaço urbano. Isso mudou quando ele e a curadora Jacqueline de Castro conheceram a rede internacional Ciudades que Danzan, sediada em Barcelona, que reúne iniciativas que exploram dança e arquitetura.

“Descobrimos festivais na Europa e na América do Sul que tentam libertar a dança das quatro paredes”, afirma Tameirão. Atualmente, o Brasil conta com outras três mostras do gênero. “Grupos e profissionais estão começando a criar a dança para a rua”, acrescenta.

BATALHA Na rua, o espetáculo obedece a outros critérios. Ainda que haja performances de maior duração, boa parte da programação do Horizontes Urbanos é formada por performances curtas. Não há cenário nem iluminação e a sonorização, quando existe, é o mais discreta possível.

A única apresentação em espaço fechado – também a única que cobrará ingresso (R$ 10, inteira) – é na noite de encerramento. Na quinta-feira, no Mercado das Borboletas, haverá a Batalha show de gêneros, com duelos de dançarinos de rua.

CONFIRA

Segunda

19h – Funarte MG, Rua Januária, 68, Floresta (senhas serão distribuídas a partir das 18h). Pichet Klunchun and myself, com Jérôme Bel e Pichet Klunchun (França/Tailândia); Dançando, parando e comendo, com Dudude (MG); Reação, com Patrick Vilar (MG); e Camino vertical/horizontal, com Daniel Gómez (Espanha)

Terça

6h30 –Praça da Liberdade até Praça da Savassi. Acordar a cidade com música e dança
10h – Praça da Liberdade. Parquear, com Dança Multiplex e convidados (MG)
15h – Funarte MG. Pichet Klunchun and myself
18h – Praça da Liberdade. Camino vertical/horizontal, com Daniel Gómez (Espanha); Se7 aberto, com Movasse (MG)
20h – Edifício Maletta, Av. Augusto de Lima, 233, Centro. Projeções

MAIS SOBRE E-MAIS