Retratos. É assim que as artistas Marta Neves e Selma Andrade definem os trabalhos que ficarão expostos a partir de hoje na Orlando Lemos Galeria de Arte, no Jardim Canadá. Não se trata de imagens convencionais. Marta traz bordados com personagens e o cotidiano trash da sociedade brasileira, “retratos nossos que não queremos ver”, segundo ela. Selma Andrade pintou objetos que as pessoas carregam dentro da bolsa.
As pinturas de Selma Andrade dão vazão à curiosidade sobre o que se carrega dentro da bolsa. “São retratos de pessoas de todas as profissões por meio de objetos que pertencem a elas”, explica. Os “modelos” são faxineiras, designers e professores, por exemplo.
Uma das bolsas mais fascinantes foi a de uma faxineira que carregava terço, toalha, sabonete e dinheiro. Selma se surpreendeu ao encontrar, sempre, algum remédio dentro do acessório.
Os trabalhos surgiram a partir de uma pintura que Selma Andrade fez de sua própria bolsa, há seis anos. A imagem trazia algo de diário. “Pinto como as pessoas escrevem”, afirma. “Como tinha muito carinho com essa tela, quis repetir a experiência. Sou perfeccionista e dei vazão a uma representação bem realista”, conclui.
EXPOSIÇÕES
A bolsa de valores, trabalhos de Selma Andrade. Vou chupar os gringo tudo, obras de Marta Neves. Abertura hoje, ao meio-dia. Orlando Lemos Galeria, Rua Melita, 95, Jardim Canadá,
(31) 3224-5634. De segunda a sexta-feira, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 14h. Até 26 de julho.
A série Cenas para uma vida melhor foi iniciada há 10 anos por Marta. A ideia é trabalhar com estética glamourizada (miçangas, lantejoulas, etc.) e de mau gosto. “É tênue a linha entre o bom e o mau gosto”, afirma a artista. “Certas imagens trazem à tona a nossa estupidez e violência, o que tem a ver com a vontade de poder que todos guardamos”. Há trabalhos que são apenas uma palavra: inveja é uma delas. “Sentimento nobilíssimo, que assume que sentimos falta de algo”, provoca Marta.
As pinturas de Selma Andrade dão vazão à curiosidade sobre o que se carrega dentro da bolsa. “São retratos de pessoas de todas as profissões por meio de objetos que pertencem a elas”, explica. Os “modelos” são faxineiras, designers e professores, por exemplo.
Uma das bolsas mais fascinantes foi a de uma faxineira que carregava terço, toalha, sabonete e dinheiro. Selma se surpreendeu ao encontrar, sempre, algum remédio dentro do acessório.
Os trabalhos surgiram a partir de uma pintura que Selma Andrade fez de sua própria bolsa, há seis anos. A imagem trazia algo de diário. “Pinto como as pessoas escrevem”, afirma. “Como tinha muito carinho com essa tela, quis repetir a experiência. Sou perfeccionista e dei vazão a uma representação bem realista”, conclui.
EXPOSIÇÕES
A bolsa de valores, trabalhos de Selma Andrade. Vou chupar os gringo tudo, obras de Marta Neves. Abertura hoje, ao meio-dia. Orlando Lemos Galeria, Rua Melita, 95, Jardim Canadá,
(31) 3224-5634. De segunda a sexta-feira, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 14h. Até 26 de julho.