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Grafiteira do 'bolinho', Maria Raquel faz mapa com suas criasGrafite é reconhecido oficialmente como arte urbana no Rio de JaneiroAplicativo permite "pichar"' sem danificar obras de arteLivro retrata a cultura do grafite nas ruas de Belo HorizonteO mineiro, que tem a sua própria marca de roupas, é seguido por cerca de 3 mil pessoas no Facebook. Nesta sexta, Goma participará do evento Pixo é direito, organizado pela Frente Cultura de Rua do projeto Cidade alteridade, desenvolvido pelo curso de pós-graduação da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Djan Ivson Silva, o paulistano Cripta, será um dos convidados de sexta. Ele se assume publicamente como pichador, já participou como convidado da Bienal de São Paulo e integrou a exposição Né dans la rue (Nascido na rua), da Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, em Paris. Cripta explica que os primeiros pichadores paulistanos eram jovens influenciados por bandas de punk e rock. “Toda a estética veio das capas do Kiss e do Iron Maiden, por exemplo. Elas se inspiravam no alfabeto rúnico, de origem escandinava”, conta. “Pichação é um grito existencial: o indivíduo não é valorizado pelas condições financeiras, mas cria status por meio da arte e da transgressão”, resume Cripta.
A programação de sexta prevê roda de conversa com os homens da lei. O advogado Felipe Soares, mestrando em direito pela UFMG, afirma que a discussão é importante para a informação de seus próprios colegas, lembrando que a repressão se dá por falta de conhecimento. “Não queremos que ninguém concorde, goste ou criminalize”, explica.
Amanhã, na Praça Afonso Arinos, será exibido o filme Luz, câmera, pichação!, dirigido por Gustavo Coelho, Bruno Caetano e Marcelo Guerra.
PIXO É DIREITO
Faculdade de Direito da UFMG, Av. João Pinheiro, 100, Centro. Sexta, das 11h às 14h e das 17h às 19h; amanhã, das 18h às 21h.