Em romance fragmentado, Carola Saavedra investiga identidade com 'O inventário das coisas ausentes'

Busca por definições sobre família e política guiam personagem principal de novo livro da chilena

por Agência Estado 21/04/2014 15:05

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Andrea Marques/Divulgação
''Sempre achei que para certos temas, os mais complicados, eu precisava de mais tempo e maturidade'' (foto: Andrea Marques/Divulgação )
"A história começa a se delinear. Será uma história de família”, anota o escritor-narrador do mais recente romance de Carola Saavedra, 'O inventário das coisas ausentes' (Companhia das Letras). Tomando um rumo um pouco diferente dos livros anteriores, Carola investe, agora, numa investigação mais próxima da família e da política, mas, ainda, sem deixar de lado o amor.

'O inventário' é um romance fragmentado, como de costume na literatura da escritora de origem chilena. O livro reúne, na primeira parte, as anotações de um escritor para um futuro romance, (talvez) realizado na segunda parte, que tem o sugestivo título “Ficção”.

 

A ficção dentro do romance é uma busca do personagem pela própria identidade, é a tentativa de ficcionalizar uma relação conturbada com um pai, que, já próximo à morte, tenta a reaproximação dolorosa com o filho distante.

As relações familiares, especialmente com a figura paterna, dão o ponto de partida do romance, que ainda toca nos assuntos amorosos (uma das frases recorrentes das anotações da primeira parte é “assim deve ser o amor”, uma aceitação resignada capaz de definir a posição dos personagens em relação ao tema) e políticos. “Eu sempre achei que para certos temas, os mais complicados, eu precisava de mais tempo e maturidade”, diz Carola.

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