Espaços dedicados às artes do Oi Futuro ficam no mesmo endereço até setembro

Destino do Klauss Vianna, Museu das Telecomunicações e galerias de exposição ainda é incerto

por Ailton Magioli 11/01/2014 00:13

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Teatro de 330 lugares vai funcionar até setembro na Afonso Pena. Empresa garante que não haverá descontinuidade (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Até setembro, quando terá de desocupar o imóvel da Avenida Afonso Pena, no Bairro Mangabeiras, o Oi Futuro terá escolhido novo local para abrigar museu, teatro (330 lugares) e duas galerias de arte que tem em Belo Horizonte, além do espaço multiuso.


A informação é da assessoria de imprensa do espaço, cuja sede oficial funciona no Rio de Janeiro, onde mantém iniciativas similares nos bairros Flamengo e Ipanema. “Não haverá descontinuidade na programação do Oi Futuro de BH”, garante o assessor Valdir Vasconcelos, salientando que a direção do espaço prefere aguardar momento oportuno para se manifestar sobre a mudança de endereço.

 O prédio de 13 andares, em área nobre da capital, foi declarado de utilidade pública em novembro, quando a Justiça autorizou que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) tome posse do mesmo. Batizado com o atual nome – Oi Futuro Klauss Vianna – em 2009, o teatro do imóvel é anterior à chegada do Oi Futuro em Belo Horizonte. Ele remonta à época da negociação do governo estadual com o banco que construiu uma agência no terreno do então demolido Cine Metrópole, na esquina das ruas da Bahia e Goiás, no Centro.

Na Avenida Avenida Afonso Pena, 4001, além do teatro também funcionam o Museu das Telecomunicações, que anteriormente estava instalado na mesma avenida, porém ao lado da Prefeitura de Belo Horizonte; as galerias de artes visuais e de artes gráficas e fotojornalismo, e um multiespaço, que é utilizado para pequenos eventos e exibição de filmes (Cineclube Oi Futuro).

Completamente reformulado, segundo a assessoria de imprensa, o museu apresenta, desde fevereiro, novas atrações interativas e recursos tecnológicos de última geração. Em atividade desde 2007, o espaço recebe cerca de 80 mil pessoas/ano, com entrada franca, tendo se tornado pioneiro no uso da tecnologia de ponta integrada à museologia. O projeto foi assinado pela empresa 32 Bits, responsável pelas famosas exposições do Museu da Língua Portuguesa e da Oca, em São Paulo.

Em Belo Horizonte, o Museu das Telecomunicações leva o visitante a uma viagem pela história da comunicação humana, no Brasil e no mundo. A certa altura, ele entra em compartimento individual, senta numa poltrona e aciona um comando que permite um encontro virtual com personalidades que, em diferentes momentos da história, tiveram uma visão futurista da humanidade, por meio de projeção com efeito 3D.

Entre os homenageados estão Leonardo da Vinci, Platão, Goethe e o brasileiro Oscar Niemeyer. Trata-se, na verdade, de um espaço da memória, da experimentação e da contemporaneidade, que utiliza avançadas tecnologias e novas tendências museográficas para contar a aventura da comunicação humana por meio de vídeos, sons, textos, imagens e objetos. Além de exposições em cartaz, em janeiro o Oi Futuro Belo Horizonte estará recebendo parte da programação do Verão Arte Contemporânea.

Teatros públicos estão fechados


O fechamento – sem data para reabertura – de espaços culturais tornou-se quase uma rotina na Belo Horizonte dos últimos anos. Que o digam os poderes públicos municipal e estadual, que, depois do fechamento para obras dos teatros Francisco Nunes (PBH) e Clara Nunes (ex-Imprensa Oficial do Estado), o mesmo ocorreu com o Teatro Marília (PBH).

Interditado em abril de 2009 por risco de desmoronamento do teto, o Chico Nunes (530 lugares) foi temporariamente reaberto, em 2012, para apresentações dos festivais de Arte Negra e FIT BH – Palco & Rua. No mesmo ano, as apresentações do FIT agendadas para o Marília (180 lugares) tiveram de ser transferidas. Este ano, o Governo de Minas anunciou parceria com o vizinho Sesc Palladium para a reabertura do Clara Nunes (400 lugares), também fechado desde 2009.

Enquanto isso, diante da perda de 1.110 cadeiras dos teatros com atividades paralisadas, a produção artística local é obrigada a improvisar, transformando em teatros espaços localizados em shoppings e hotéis da cidade, como se observa em diversas montagens que integram a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança.


OI FUTURO BELO HORIZONTE

Avenida Afonso Pena, 4.001, Mangabeiras. Informações: (31) 3229-2979.

MAIS SOBRE E-MAIS