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Passou batido – não fossem temporadas tão curtas, como é costume por aqui, mais pessoas poderiam ter visto – por exemplo, 'Luís Antônio – ,Gabriela'. O documentário cênico da Cia. Mungunzá era daqueles que estavam na fila para vir à cidade há um tempão. Passou pelo Palco Giratório em apresentação única no Sesc Palladium. Outro pouco visto foi o mestre da arte do butô, Yoshito Ono. O filho de Kazuo Ono esteve em Ouro Preto para oficinas e apresentações para público restrito.
Já o número de espectadores de óperas na capital manteve-se alto. Cerca de 18,5 mil pessoas viram as produções do gênero, especialmente criações de Fenando Bicudo para a Fundação Clóvis Salgado. Das três produções apresentadas, ele assinou a direção de duas: 'Fedra e Hipólito' e 'Um baile de máscaras'.
Nas comédias, renovação no cardápio. A dupla Ílvio Amaral e Maurício Canguçu dirigiu Kayete e Felipe Cunha em 'As sereias da Zona Sul', de Miguel Falabella e Vicente Pereira. Outras novidades foram '7 lições para se conquistar um homem (quase) perfeito', de Fernando Gomes, e 'Rose, a doméstica do Brasil', com Lindsay Paulino.
Palcos
Enquanto o público de Belo Horizonte continua sem os teatros municipais – Francisco Nunes e Marília permanecem fechados – novos espaços particulares foram inaugurados. Em março, o Teatro Brasdesco abriu as portas, com capacidade para 613 pessoas e tecnologia de ponta. No segundo semestre, começaram a funcionar o Cine Theatro Brasil Vallourec, com dois espaços (um para 1 mil espectadores e o outro com 200 lugares), e o Centro Cultural Banco do Brasil. O prédio histórico, na Praça da Liberdade, abriga sala de espetáculos com plateia de 266 lugares e espaço alternativo com capacidade para 158 pessoas.
Rumos
No ano em que anunciou sua saída da companhia que ela ajudou a fundar, o Espanca!, Grace Passô consagrou-se como diretora de outros projetos em Belo Horizonte e São Paulo. Em Minas, dirigiu 'Os ancestrais', espetáculo do Grupo Teatro Invertido. No segundo semestre, destacou-se em São Paulo pela direção de 'Contrações', texto do inglês Mike Bartlett. O espetáculo, que aborda a tensão do mundo corporativo, é protagonizado pelas atrizes Yara de Novaes e Débora Falabella, vencedoras do Prêmio APCA de interpretação pelo trabalho.
Solos
Reflexo das dificuldades de produção, em 2013 houve profusão de solos – e de todos os gêneros. Em BH, o Esquyna Espaço Coletivo Teatral dedicou um festival aos monólogos, com sete trabalhos, entre eles quatro estreias: 'Miradas do caos', de Fernanda Preta; 'O ano em que virei adulto', com Gustavo Falabella; [gaveta], de Camila Morena da Luz; e Get out!, de Assis Benevenuto. E já que a adesão ao gênero é nacional, a paulistana Cia. Hiato finalmente veio a BH com o conjunto de cinco solos do projeto Ficção; Marco Nanini foi irônico com 'A arte e a maneira de abordar seu chefe para pedir um aumento'; Gregório Duvivier abraçou o lirismo em Uma noite na Lua, de João Falcão; e Enrique Diaz se mostrou audaz com 'Cine Monstro'.
Reencontros
Foi emocionante o reencontro do Grupo Galpão com o diretor Gabriel Villela em 'Os gigantes da montanha'. O texto de Luigi Pirandello foi levado para as ruas, em montagem colorida, musical, poética e profunda. Já o Giramundo contou com a preciosa ajuda da marionetista Madu Vivacqua nos bastidores de 'As aventuras de Alice no País das Maravilhas'. Ela, que é uma das fundadoras do grupo ao lado de Álvaro Apocalypse e Terezinha Veloso, colaborou na adequação de alguns bonecos e criou o Chapeleiro Maluco.
Passos
O Grupo Corpo teve um ano atribulado. Problemas de saúde do diretor e coreógrafo Rodrigo Pederneiras ameaçaram a estreia de 'Triz', novo balé da companhia. Com muito empenho, o calendário foi mantido. O exercício dos limites e do risco inserido na dança marcam a criação, cuja trilha sonora é assinada por Lenine. Também foi momento de estreia para a Cia. Mário Nascimento, com a continuidade da pesquisa sobre territorialidades em 'Nômade'. O Primeiro Ato levou para a cena discussão sobre a normalidade/anormalidade, em 'Só um pouco a.normal'. Já o coletivo Movasse apostou na interação com 'Playlist'. A Cia. de Dança Palácio das Artes investiu nas performances com 'brancoemMim'.