O diálogo entre as artes visuais, o texto poético e o design gráfico esteve no centro da reflexão do processo colaborativo que deu origem ao livro 'Diário de A' (Editora Duas Linhas, 84 páginas). A publicação, que reúne a poesia de Adriana Versiani e obras de Alessandra Maria Soares, Clô Paoliello, Cláudio Santos, Glória Campos e Mário Azevedo, materializa a aproximação entre as diversas mídias envolvidas no projeto. O resultado pode ser conferido hoje, às 19h30, quando ocorre o lançamento da obra no Espaço Oi Futuro.
O processo de elaboração do livro viabilizado pelo Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte teve o texto poético como eixo deflagrador da interação entre as diversas possibilidades das linguagens empregadas. A cada novo encontro, a equipe realizava diálogos experimentais, trespassando textos e códigos gráfico-visuais, que deram origem ao livro de artista. Os poemas foram retrabalhados, recortados, repetidos, deformados ou acrescidos de trechos de novos textos. Em seguida, foi iniciada a pesquisa iconográfica.
A montagem sequencial das páginas evitou a narrativa linear, desencadeando um fio de entendimento mais livre. O livro, no formato 20cm x 23cm, com capa dura e miolo em três tipos de papel – a tiragem é de 400 cópias, costuradas e encadernadas à mão –, terá distribuição especial. Parte dos exemplares será destinada a circulação e 150 livros vão ser finalizados com interferências manuais dos artistas, para então serem numerados e assinados.
Mário Avezedo, um dos envolvidos no processo, conta que a ideia é antiga e foi consolidada, num primeiro momento, graças à parceria entre Adriana Versiane e Glória Campos. Elas já haviam trabalhado em jornais. Desta vez, a proposta foi mais ampla. “O objetivo foi misturar as várias leituras possíveis. Bater tudo no liquidificador e gerar um livro de artista, um suporte que veio dos dadaístas, foi bastante usado nos anos 1960 e 70, no Brasil, e atualmente tem sido redescoberto.” O bom momento é motivado pelas facilidades de edição. “Com o trabalho digital, podemos brincar de editor de maneira bem mais fácil”, conclui.
Diário de A
Lançamento do livro nesta-quinta, às 19h30, no Espaço Oi Futuro, Av. Afonso Pena, 4.001, Mangabeiras. Distribuição dirigida. Informações: (31) 3229-4326.
O processo de elaboração do livro viabilizado pelo Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte teve o texto poético como eixo deflagrador da interação entre as diversas possibilidades das linguagens empregadas. A cada novo encontro, a equipe realizava diálogos experimentais, trespassando textos e códigos gráfico-visuais, que deram origem ao livro de artista. Os poemas foram retrabalhados, recortados, repetidos, deformados ou acrescidos de trechos de novos textos. Em seguida, foi iniciada a pesquisa iconográfica.
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Mário Avezedo, um dos envolvidos no processo, conta que a ideia é antiga e foi consolidada, num primeiro momento, graças à parceria entre Adriana Versiane e Glória Campos. Elas já haviam trabalhado em jornais. Desta vez, a proposta foi mais ampla. “O objetivo foi misturar as várias leituras possíveis. Bater tudo no liquidificador e gerar um livro de artista, um suporte que veio dos dadaístas, foi bastante usado nos anos 1960 e 70, no Brasil, e atualmente tem sido redescoberto.” O bom momento é motivado pelas facilidades de edição. “Com o trabalho digital, podemos brincar de editor de maneira bem mais fácil”, conclui.
Diário de A
Lançamento do livro nesta-quinta, às 19h30, no Espaço Oi Futuro, Av. Afonso Pena, 4.001, Mangabeiras. Distribuição dirigida. Informações: (31) 3229-4326.