Noel Rosa e Lupicínio Rodrigues unem Paula Morelenbaum e Arrigo Barnabé em show

Apresentação em homenagem aos sambistas será neste domingo, no Sesc palladium

por Walter Sebastião 26/07/2013 06:00

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CHRISTIAN GAUL/DIVULGAÇÃO
(foto: CHRISTIAN GAUL/DIVULGAÇÃO)
Dois dos criadores de glórias da música popular brasileira ganham homenagem: Noel Rosa (1910-1937) e Lupicínio Rodrigues (1914-1974). O primeiro é autor de músicas como 'Com que roupa?', 'Feitiço da Vila', 'Três apitos', 'Conversa de botequim'. Que serão interpretadas por uma grande cantora, a carioca Paula Morelenbaum. Lupicínio é o criador de pérolas como 'Se acaso você chegasse', 'Nervos de aço', 'Volta'. Composições que serão recriadas por um cantor e compositor paulista conhecido por imprimir marca muito pessoal a tudo o que faz: Arrigo Barnabé.

Os dois intérpretes prometem revezar números e autores, mas não adiantam nada. Vai ser surpresa, avisam. Os shows de Paula e Arrigo serão apresentados pela primeira vez em Belo Horizonte (já fizeram audições em outros lugares, mas separadamente). Domingo, a partir das 19h, no Grande Teatro do Sesc Palladium.

“Assisti ao show de Arrigo e achei surpreendente. Escolheram a pessoa certa para cantar Lupicínio. Eles são parecidos”, garante Paula Morelenbaum. “Lupicínio e Noel são da estirpe dos gênios da música popular brasileira”, afirma. Para a cantora, a obra de Noel oferece ao ouvinte uma viagem no tempo. “Músicas lindas nos levam a conhecer uma época inteira. A moda, o Rio de Janeiro, a vida boêmia, o samba de então, a malandragem. Com humor e emoção fantásticos”, observa, contando que quando quer ser engraçado, “ele é muito engraçado”, e ao escrever coisas dramáticas, comove mesmo.

 Paula Morelenbaum conhecia a obra de Noel Rosa, achava maravilhosa, mas nunca havia cantado nada dele. Agora vivendo com a voz as criações do carioca, anda encantada com o compositor. “O show está sendo um aprofundamento em obra muito pessoal. As letras são inteligentes e as músicas, às vezes, têm coisas muito sofisticadas”, diz. “Noel é um compositor do tipo de Mozart, nasceu predestinado para a música. Era como se ele soubesse que viveria pouco, fez muito em breve tempo de vida”, acrescenta. A convivência com as músicas (ela tem 18 composições de Noel no repertório) tem sido tão impactante que Paula Morelenbaum anda sonhando com um disco dedicado ao poeta da Vila Isabel.

Magia A cantora se apresenta com formação inusitada: Caio Márcio (violão), Luís Barcelos (bandolim) e Guto Wirtti (baixo acústico). “São todos instrumentistas jovens, que arrasam”, avisa. Arrigo Barnabé terá como companheiros de palco Sérgio Espíndola (violão e baixo) e Paulo Braga (piano).

Realizando com frequência shows na Europa e Estados Unidos, Paula Morelenbaum confirma o prestígio internacional da música brasileira. “Temos ritmo, algo que quase não existe; e sofisticação harmônica. Nossos grandes autores têm quase status de música clássica”, observa. “Boa música tem por si magia que toca o coração de qualquer pessoa. É arte muito querida”, afirma, creditando a esse aspecto a importância da música no mundo.

Quando Noel encontra Lupicínio

Show com Paula Morelenbaum e Arrigo Barnabé, domingo, às 19h. Grande Teatro do Sesc Palladium, Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro, (31) 3279-1500. Ingressos: R$ 50 (inteira); R$ 25 (meia); R$ 42,50 (comerciários).

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