A experiência de 2011, quando foi selecionada pela primeira vez pela Ocupação Funarte, contribuiu para a Agentz Produções conhecer melhor o Galpão 03 da Fundação Nacional de Arte, cuja programação ela volta a comandar desta quinta até o mês de novembro, com uma extensa agenda. “É um espaço muito intimista, onde se pode trabalhar com linguagem mais próxima do público”, diz a curadora Fernanda Vidigal, lembrando que a Funarte MG é um espaço privilegiado, aberto à música, dança, teatro e artes plásticas.
Outro aspecto importante destacado por Fernanda Vidigal diz respeito ao Projeto Escola no Teatro, fruto da parceria com a rede municipal de ensino. Antes mesmo de serem levadas ao teatro, as crianças conhecem um pouco da história das artes cênicas e os bastidores do teatro. Em 2011, o Escola no Teatro levou ao local 1,5 mil estudantes, número que deverá se repetir este ano.
Em setembro, será a vez de Belo Horizonte receber o Grupo Hiato, de São Paulo, apresentando a série 'Ficção', com cinco monólogos. “Trata-se de um grupo de produção mais próxima da realidade”, explica Fernanda Vidigal. Com capacidade para receber até 100 pessoas, o Galpão 03 muda de formato de acordo com a atração. “O espaço pode-se transformar em arena, palco italiano, um corredor e outros formatos”, acrescenta a curadora.
OCUPAÇÃO FUNARTE
Desta quinta a novembro, no Galpão 03 da Funarte MG (Rua Januária, 68, Floresta). Ingressos a R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada). Informações: (31) 3213-7112.
• Atrações da estreia
• 'DESASSOSSEGO EM BRANCO', desta quinta a sábado, às 21h, e domingo, às 19h. Direção coreográfica, roteiro e concepção de Tuca Pinheiro. O ponto de partida do espetáculo foi o desejo da bailarina Renata Mara, portadora de retinose pigmentar, de pesquisar acerca das interferências da baixa visão em um corpo que dança. No elenco, Oscar Capucho e Tuca Pinheiro, além da própria Renata.
• 'A ARTE DE VARRER PARA BAIXO DO TAPETE', sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h. Concepção, dramaturgia e atuação de Cida Falabella, que também dirige o espetáculo, e Mônica Ribeiro. Em cena, duas mulheres dialogam com recortes do filme Cenas de um casamento sueco, de Ingmar Bergman, apontando para a necessidade de transcender o imediato da relação.