Espetáculo Átridas - O homem morto na banheira entra em cartaz no Sesc Palladium

A peça da Trupe de Teatro e Pesquisa será encenada até domingo

por Ana Clara Brant 01/11/2012 09:47

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Antonnione Franco/Divulgação
(foto: Antonnione Franco/Divulgação)
 

Paixão, ciúme, inveja, morte, disputa pelo poder. Mais tragédia grega impossível! Porém, não deixa de ser contemporâneo também. Tudo isso está presente no mais novo espetáculo da Trupe de Teatro e Pesquisa, que está comemorando 20 anos. A peça Átridas – O homem morto na banheira, em cartaz na Sala Multiuso do Sesc Palladium até domingo, é inspirada em textos trágicos a partir do mito grego de Agamemnon e da maldição da família dos Átridas (descendentes de Atreu). Segundo o diretor da montagem, Alexandre Toledo, a ideia surgiu quando o ator, produtor e fundador do grupo, Yuri Simon, manifestou a intenção de retornar aos palcos depois de um hiato de uma década. Em 1996, a Trupe havia encenado Iphigênia, de Eurípedes, que é justamente a história anterior à que a companhia está representando no Palladium. “O Yuri queria retornar ao Agamemnon, que é o personagem principal de Iphigênia, e como sou um estudioso no assunto – Alexandre Toledo é mestre em filosofia pela UFMG sobre mímesis e tragédia na poética de Aristóteles –, acabou que juntou a afinidade temática com a minha vontade de participar deste projeto.” Toledo acrescenta que o desejo não era contar a história de uma maneira integral, mas mesclá-la com textos contemporâneos. Foi quando descobriram uma versão do século 18, do escritor italiano Vitorio Alfieri, que serviu como base para a produção. “É uma tragédia  com linguagem cênica contemporânea inspirada no mito da família dos Átridas, na versão de Alfieri e em Ésquilo, além de fragmentos de textos atuais e antigos de autores como O’Neal, Sêneca e Yourcenar, Shakespeare e Heiner Muller, até para atingir a consistência que queríamos”, enfatiza o diretor. MULTIMÍDIA O nome do espetáculo,  Átridas – O homem morto na banheira é uma referência à família de Agamemnon e ao fato de o protagonista ter sido assassinado durante o banho. “Mas o público vai perceber que a banheira tem vários significados na peça. Não só o local da morte, mas tem a ver com o mar, com encantamento”, adianta Toledo. Um dos destaques da montagem é a utilização de técnicas multimídias, com projeções de imagens, para mostrar o conflito familiar e os acontecimentos pós-guerra a partir do retorno vitorioso do rei Agamemnon da Guerra de Troia. Além de Yuri Simon no papel de Agamemnon, o elenco conta com Jader Corrêa, como Egisto; Pauline Braga, no papel de Clitemnestra; e Alice Corrêa, que interpreta Electra. Átridas – O homem morto na banheira Em cartaz até domingo, na Sala Multiuso do Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro 1.046, 4º andar, Centro). Amanhã e sábado, às 21h;  domingo, às 20h. Ingressos a R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada). Informações: (31) 3214-5350



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