Depois do filme retrata personagem além da peça

por Carolina Braga 10/06/2012 16:38

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Nil Canine/Divulgação
Aderbal Freire-Filho desdobrou o longa-metragem Juventude e criou a peça Depois do filme (foto: Nil Canine/Divulgação)
“O diálogo com o cinema sempre interessou ao meu teatro. Costumo fazer essa relação não para aproveitar a linguagem dos filmes. Pelo contrário. É para reafirmar as diferenças”, diz o ator e diretor Aderbal Freire-Filho. Nesta segunda, ele estreia na programação do FIT-BH Depois do filme, espetáculo que pode ser considerado a continuação do filme Juventude, dirigido por Domingos de Oliveira.

O longa estará em cartaz no Cine FIT dia 19, às 17h, no Cine Humberto Mauro, enquanto a peça será apresentada na Sala João Ceschiatti até quarta-feira. Se no cinema Aderbal dividia o elenco com o próprio Domingos e Paulo José, na peça ele está sozinho em cena, contando o que se passou com seu personagem depois do longa. “Fiquei com vontade de inventar mais. Identifiquei-me com os personagens e isso me deu vontade de falar mais coisas”, justifica.

No que se refere ao intercâmbio de linguagens, Aderbal Freire-Filho divide Depois do filme em dois movimentos. “Há uma aproximação com o cinema no texto. Começo todas as cenas com uma descrição do tempo e do espaço, tal qual um roteiro. Em seguida descrevo o set, por exemplo, falo que ali há um posto de gasolina, uma pessoa está sentada etc. Depois há o afastamento, quando uso os recursos do teatro, da imaginação. Não há o posto de gasolina, são cadeiras ”, detalha.

Ao longo da carreira, seja como ator ou diretor, Adebal Freire Filho sempre procurou explorar as fronteiras artísticas. Ele é precursor no Brasil do gênero romance em cena, ou seja, ele leva para o palco um livro tal qual ele existe, sem adaptações. “Não faria essa peça se não tivesse o domínio que o romance em cena me deu. Tanto é que descrevo o espetáculo no programa como cinema falado. É isso mesmo: eu descrevo e falo”, resume.

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