Bienal em Quadrinhos aponta novo cenário para artistas

Carlos Ruas garante que a rede é o melhor lugar para divulgar novos trabalhos

18/05/2012 13:03

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Carlos Ruas/Divulgação
(foto: Carlos Ruas/Divulgação)
 
Webquadrinho parece algo distante para você? Pois a expressão é cada vez mais comum para nomear HQs de um grupo significativo de criadores que abrem espaço para a divulgação dos seus trabalhos em blogs, sites e perfis de redes sociais na internet. Uma discussão sobre esse assunto está programada para amanhã, dentro da Bienal em Quadrinhos, espaço que terá lançamentos, brincadeiras de improvisação, oficinas e muitos papos sobre processo criativo e técnicas.
Nos últimos anos, os quadrinhos têm sido mais procurados e valorizados em Belo Horizonte com publicações e eventos. A fama da cidade chegou a Niterói (RJ), onde vive o quadrinista Carlos Ruas, que virá a BH pela segunda vez para conversar sobre seu trabalho. Ele e mais quatro companheiros que participam do painel “Webquadrinhos” vão justamente apresentar exemplos de como os autores independentes podem encontrar caminhos para mostrar suas produções na internet. 
O traço e o enredo, do ponto de vista da criação, são os já conhecidos, afirma Ruas. Muda a veiculação e a maneira de interagir com o público. “Se não fosse pela internet, não sei se estaria fazendo quadrinhos mais. Antes, para chegar ao público e ser conhecido, só se você estivesse em um jornal grande. Agora, você põe seu trabalho no Facebook e quando vê o Brasil inteiro divulga, se torna viral.”
Criador do blog www.umsabadoqualquer.com há três anos, ele posta diariamente tirinhas que têm Deus como personagem principal. O diabo, Adão e Eva, o filósofo Nietzsche, santos e deuses da Índia e da Grécia são interlocutores de Deus. 
O tema inusitado e a habilidade do quadrinista de 26 anos renderam-lhe popularidade na internet e atuais 48 mil acessos por dia, afirma ele. Com tanta gente interessada em seus quadrinhos, Ruas largou o emprego em uma agência de design e fez do blog, hoje sustentado por anúncios e patrocinadores, sua atividade principal. Encomendou até bichos de pelúcia de seus personagens e publicou um livro que leva o mesmo nome do blog. 
 
Programação 

 

19, sábado

14h – Webquadrinhos, com Carlos Ruas, Ricardo Tokumoto, Vitor Caffagi, Luis Felipe Garrocho e Eduardo Damasceno
15h30 – Desenhe sua palestra, com João Marcos
17h –Oubapo, improvisação em quadrinhos, com o Coletivo Pandemônio
Dia 20, Domingo
17h – Oubapo, improvisação em quadrinhos, com o Coletivo Pandemônio
21, Segunda
19h – Painel com desenhos dos quadrinistas participantes das atividades do espaço
22, Terça
19h – Oubapo, improvisação em quadrinhos, com o Coletivo Pandemônio
23, Quarta
19h – Desenhe sua palestra, com Duke
25, Sexta
19h – Oubapo, improvisação em quadrinhos, com o Coletivo Pandemônio
26, Sábado
14h – Painel com desenhos
15h30 – Painel com desenhos
17h – Oubapo, improvisação em quadrinhos, com o Coletivo Pandemônio
19h – Conversa em quadrinhos, com Luiz Gê
27, Domingo
17h – Oubapo, improvisação em quadrinhos, com o Coletivo Pandemônio
 
Literatura em campo 
 
Personagens continuam sendo o principal interesse de quem vê o futebol para além dos 90 minutos de jogo, garante o jornalista e comentarista Bob Faria, curador da Goleada literária, ambiente para troca de ideias sobre futebol, literatura e temas afins. “Futebol é muito mais do que a bola rolando. É uma espécie de microcosmo, representa nossa comunidade. Estão ali a dedicação, o companheirismo e até os deslizes.”
 
Quem quiser mais ingredientes para seu repertório futebolístico pode acompanhar as discussões em quatro encontros nos quais Bob Faria recebe jornalistas esportivos, escritores e entendidos do riscado. Eles vão travar embates sobre o futebol romântico, as mudanças com a era digital, a Copa do Mundo no Brasil e o futebol como jogo de bola e de palavras. 
 
Para preservar o espírito do esporte, as conversas serão em espaço físico aberto, no meio de um pavilhão. “No fim das contas, serão agradáveis papos de bola. Sobre o romantismo no futebol mesmo, a gente sempre tende a achar que antes era mais intenso e interessante porque somos construídos de memória afetiva. Pode ser que esses personagens desse mundo do futebol de hoje vão ser referidos daqui a 50 anos com a mesma nostalgia e energia”, aposta Bob Faria.
 
Programação 
Nesta sexta
17h – Copa do Mundo: o Brasil como anfitrião, com Paulo Cesar Vasconcellos
 
23, Quarta
18h – O futebol romântico, com Marcos Eduardo Neves e Teixeira Heizer
24, Quinta
18h – Futebol na era digital: a notícia é mais rápida que a bola, com Gustavo Poli e Maurício Noriega
 
25, Sexta
18h – Ler para falar: o futebol é jogo de bola e de palavras, com Rogério Corrêa 


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