Festival baiano Vivadança amplia sua programação para outros estados e traz grupos da Alemanha e da Martinica a Belo Horizonte

Evento se propõe a aproximar o público do universo da dança

por Sérgio Rodrigo Reis 01/05/2012 08:36

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Jo Grabowski / Divulgação
(foto: Jo Grabowski / Divulgação)


Há seis anos, o Vivadança Festival Internacional é realizado em Salvador. Ao longo de um mês, o evento apresenta um panorama das linguagens com que bailarinos trabalham atualmente. A novidade da edição deste ano será a difusão da agenda para outras capitais. Depois de ser conferida por 15 mil pessoas na Bahia, mês passado, a programação chega hoje a BH, antes de seguir para Brasília.

“Quis fazer um festival para o público, não apenas para os artistas. Ampliado para outras capitais, o evento segue esse perfil. Estamos levando mostra pequena. Porém, se tudo der certo, queremos aumentá-la”, avisa a coreógrafa Cristina Castro, diretora artística do evento.

O palco em BH será o Oi Futuro Klauss Vianna, que receberá atrações nacionais e internacionais. A companhia Mimulus, de BH, apresentará Por um fio. Dança de salão, técnicas contemporâneas e elementos cênicos do teatro compõem a montagem, inspirada no universo visual e estético do artista plástico Arthur Bispo do Rosário. Tido como louco, ele passou a maior parte da vida num sanatório carioca. Desfazia tecidos de uniformes para criar bordados e objetos repletos de frases dirigidas a Deus, estabelecendo diálogo transcendental com o mundo.

Milton

 

A companhia baiana Viladança é outro destaque, com Da ponta da língua à ponta do pé e Com quantos nós se faz uma árvore. A primeira montagem propõe uma abordagem do cotidiano a partir de trilha sonora inédita de Milton Nascimento. O cantor e compositor faz 70 anos em outubro e ganhará uma série de homenagens.

O outro espetáculo, musical de caráter didático, surgiu depois de evento de formação artística promovido pela companhia com o objetivo de estimular crianças e adolescentes a gostarem de arte. As coreografias são de Cristina Castro.


Parcerias à vista

O Vivadança aposta na diversidade. Quando o criou, Cristina Castro pretendia celebrar a dança por meio de um evento que atraísse à capital baiana gente interessada em encontros, intercâmbios e espetáculos de diversas linguagens. Deu certo.

“Não se trata de mostra de dança contemporânea, mas de dança. Aqui em Salvador, consigo abrir um pouco mais essa diversidade, oferecendo estilos variados e trazendo artistas de outras partes do país e até do exterior. Pela primeira vez, conseguimos sair da Bahia. Ganhando forças, a intenção é construir redes de parceria”, avisa a coreógrafa.

A escolha de Belo Horizonte para iniciar a itinerância foi proposital. “Minas tem história e trajetória interessantes. Sempre convidei o estado para o Vivadança. Grupos mineiros têm pesquisas consolidadas e importantes, como 1º Ato, Mimulus, Corpo e Cia. de Dança Palácio das Artes. O festival preza essas energias”, diz. A opção por Brasília foi estratégica. “É o centro de nosso país. Lugar superimportante, com público interessado”, conclui ela.

• Programação

» Solos Stuttgart (Alemanha). Hoje, às 21h.
» Passage – Tetê Grainée Cie (Martinica). Amanhã, às 21h.
» Por um fio – Mimulus Cia. de Dança (MG). Sexta-feira, às 21h.
» Aroeira – Com quantos nós se faz uma árvore – Núcleo Viladança (BA). Sábado, às 21h.
» Da ponta da língua à ponta do pé – Núcleo Viladança (BA). Domingo, às 17h.

• Teatro Oi Futuro Klauss Viana (Avenida Afonso Pena, 4.001, Mangabeiras). Ingressos: R$ 10 (inteira). Informações: www.festivalvivadanca.com.br.

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