

Bacharel em comunicação social pela UFJF e mestre em comunicação e tecnologia, Robson era professor da Universidade Salgado de Oliveira (Universo), com passagens também pela UFJF, onde ministrava cursos na área teatral. A carreira do ator, aliás, está diretamente ligada à instituição de ensino superior, depois de ele integrar o Grupo Divulgação por mais de uma década. Um dos grandes momentos do ator no grupo foi na pele do jornalista Amado Ribeiro em O beijo no asfalto, de Nelson Rodrigues, em 1979.
“O grande lance de Robson Terra era o fato de ele pegar um pequeno papel e transformá-lo, dar grande interpretação”, elogia o diretor, José Luiz Ribeiro, à frente do Divulgação há 46 anos, ininterruptamente. No grupo, o ator também incorporou Totó, Fruta de Conde, do clássico O rei da vela, de Oswald de Andrade, além de Calígula, de Camus, e Boca do inferno, de Marcos Vinícius, entre outros.
Segundo Gueminho, o primeiro espetáculo teatral a que ele assistiu foi A morta, de Oswald de Andrade, no qual Robson, como Urubu de Edgar, descia do palco para abordar a plateia. “Foi uma experiência horrível para mim, adolescente, mas me marcou para sempre. Ele era um grande ator, um grande comediante”, conclui o também ator e diretor, que, anos mais tarde, reencontraria Robson na adaptação de Apareceu a Margarida, de Roberto Athayde, em apresentações de teatro de bairro, em Juiz de Fora.