A premiação é 'paulista', mas de novo foi bem além dos limites do estado quando o assunto é reconhecer méritos culturais. Entre eles está o cineasta mineiro Affonso Uchoa, de Contagem, cidade da Região Metropolitana de BH, cujo média-metragem Sete dias em maio é um dos agraciados pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).
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Ainda na música, Jup do Bairro como artista revelação, além de Caetano Veloso como melhor live e Rastilho, de Kiko Dinucci, na categoria disco. Participantes da série Bom dia, Verônica, da Netflix (Camila Morgado e Eduardo Moscovis), foram alguns dos destaques de 2020 para a APCA. Assim como Tatiana Tibúrcio (pelo especial Falas negras) e Marcelo Adnet em humor, por Sinta-se em casa.
Neste ano, por causa dos impactos provocados pela COVID, a entidade optou pela realização de uma premiação com menos categorias, em caráter de excepcionalidade. "Em 2020, as artes enfrentaram a pior de suas crises estruturais dos últimos tempos: política e de saúde pública. A união de nossos artistas provou mais uma vez que juntos somos mais fortes e que sempre sairemos vencedores. Tudo isso acabou oferecendo aos críticos da APCA um outro olhar para a produção artística, agora com o território ampliado pela virtualidade", disse Celso Curi, presidente da APCA.
CIDADANIA
Em arquitetura (urbanidade), um dos reconhecidos é o padre Júlio Lancellotti, por seus trabalhos de ação social e resgate de cidadania. Em artes visuais, a exposição Egito antigo, no CCBB. Na dança (criação), o espetáculo Silêncio, videoperformance de Eduardo Fukushima e Sérgio Roizenblit. Na literatura, por trabalho editorial, Gita Guinsburg pelas realizações à frente da editora Perspectiva, refletindo a resistência de todas as editoras no contexto da pandemia.
No teatro, foram premiados Bertoleza, direção de Anderson Claudir (espetáculo), peça (virtual) e ainda o prêmio especial para a série Cena inquieta, em 26 episódios, dirigida por Toni Venturi.