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CINEMA

Diretora mineira leva o Candango de melhor curta em Brasília

'Por onde anda Makunaíma?' discute o futuro das populações indígenas - Foto: Youtube/reproduçãoCom 'República', a atriz, teatróloga e diretora mineira Grace Passô ganhou o prêmio de Melhor curta-metragem no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, encerrado na segunda-feira (21), em solenidade transmitida pelo YouTube da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.


 
O Troféu Candango de Melhor filme da Mostra Oficial foi para o longa 'Por onde anda Makunaíma?', de Rodrigo Séllos.
 
O curta de Grace Passô foi realizado durante a quarentena, dentro da própria casa da diretora. O Brasil é o foco do filme – a protagonista recebe a notícia de que o país não existe, é apenas um sonho.
 
 
 
O documentário 'Por onde anda Makunaíma?', que denuncia o risco de extinção dos indígenas brasileiros, remete a Macunaíma, ícone da literatura de Mário de Andrade, e ao mito ancestral dos índios.
 
Esta 53ª edição do festival, o mais antigo do país, foi diferente, destacando os melhores filmes das mostras Oficial e Brasília com apenas algumas categorias especiais escolhidas a critério das comissões julgadoras.


 
Todos os filmes selecionados para as mostras Oficial e Brasília foram contemplados financeiramente, mesmo que não tenham recebido o Troféu Candango. Os longas com R$ 30 mil e R$ 15 mil, a depender da mostra, e curtas com R$ 15 mil e R$ 5 mil.
 
Premiações dos jurados e do público foram diferentes: 'Longe do paraíso', de Orlando Sena, foi escolhido o melhor longa pelo júri popular, enquanto 'Noite de seresta', de Muniz Filho e Sávio Fernandes, o melhor curta.
 
Na Mostra Brasília, 'Candango: Memórias do festival', de Lino Meirelles, se sagrou o vencedor do júri popular e também do oficial entre os longas. Já entre os curtas, os jurados escolheram 'O outro lado', de David Murad, enquanto o público optou por 'Eric', de Leticia Castanheira.


 
Durante a cerimônia, Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia do Distrito Federal, afirmou que mesmo diante das dificuldades, o festival conseguiu cumprir sua missão e realizar mais uma edição histórica.
 
“Encerro este festival ciente da importância diante de um país em que o debate sobre a cultura nunca foi tão necessário como agora. Fizemos o festival não só para cumprir o calendário de eventos de Brasília.
 
Fizemos porque ele estava destinado a não acontecer. Nós fizemos o festival porque nos disseram que não ia dar certo. Fizemos porque aprendemos com a história deste festival que ele precisa resistir. Nós fizemos o festival possível”, destacou o secretário.


 
Na solenidade, receberam homenagem o fotógrafo Luis Humberto Martins Pereira, Silvio Tendler, documentarista e curador desta edição do festival, e a atriz Nicette Bruno, que morreu no domingo, vítima da COVID-19.

PREMIADOS

LONGA

Melhor filme
Por onde anda Makunaíma?
De Rodrigo Séllos

Prêmio especial do júri
Ivan, o terríVel
De Mario Abbade
 
 
CURTA

Melhor filme
República
De Grace Passô

Prêmio especial do júri
A tradicional família brasileira Katu
De Rodrigo Sena


JÚRI POPULAR

Melhor longa
Longe do paraíso
De Orlando Sena

Melhor curta
Noite de seresta
De Muniz Filho e Sávio Fernandes