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Troféu Candango em Brasília não terá mineiros


Sete longas e 14 curtas disputarão o Troféu Candango no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que será aberto sexta (22), em sua 52ª edição. Além da projeção de filmes, o evento promove debates e oficinas fomentando o cenário do audiovisual brasileiro. Desta vez, não há produção mineira na briga, cuja premiação soma R$ 270 mil.

O conteúdo dos longas da competição oficial será afiado: o pernambucano Cláudio Assis (com trabalhos multipremiados em outras edições) retorna com Piedade, exame de um núcleo familiar em conflito. A denúncia de perseguição a mulheres move o documentário brasiliense O tempo que resta, assinado por Thais Borges. Temas como impeachment e a polarização política no Brasil são abordados no documentário O mês que não terminou, narrado por Fernanda Torres. A direção é dividida entre Francisco Bosco e Raul Mourão.

Os três últimos vencedores do Candango são de Minas Gerais. A cidade onde envelheço, de Marilia Rocha, levou o primeiro lugar na mostra competitiva em 2016. O longa Arábia, de Affonso Uchoa e João Dumans, venceu em 2017.
E Temporada, de André Novais Oliveira, ganhou o troféu em 2018. Minas está na competição de curtas com Cabeça de rua, de Angélica Lourenço, e Angela, de Marília Nogueira.

O festival, que termina em 1º de dezembro, tem como sede o Cine Brasília. No entanto, abrange o Distrito Federal como um todo, com programação no Paranoá, Sobradinho, Samambaia, Recanto das Emas, Ceilândia, Planaltina, Santa Maria e Sol Nascente.

O traidor, de Marco Bellocchio, e o lançamento do livro Ismail Xavier: um pensador do cinema brasileiro, obra organizada por Fatimarlei Lunardelli, Humberto Pereira da Silva e Ivonete Pinto, abrem o festival na sexta, às 19h.

As mostras competitivas começam no sábado, com sessões em diversos pontos da capital federal. Na categoria de longas-metragens, o primeiro a ser exibido é Piedade. Já nos curtas-metragens, dois serão projetados: Alfazema, de Sabrina Fidalgo, e Carne, de Camila Kater. Na segunda-feira (25), tem início a mostra Brasília, cujo objetivo é promover a cena audiovisual da capital. Os primeiros filmes desta mostra são Escola sem sentido, de Thiago Foresti, e Mãe, de Adriana Vasconcelos.

O corpo de jurados é formado por Cacá Diegues (presidente), Bianca De Fellipes, Artur Xexéo, Jimi Figueiredo, Bruna Linzmeyer, Carmen Luz e Pablo Villaça.
O orçamento da edição deste ano soma cerca de R$ 4 milhões.


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