O roteirista e pesquisador de quadrinhos Carlos Patati morreu aos 58 anos nesta sexta-feira (15), no Rio de Janeiro. Segundo amigos do carioca, ele teria sofrido uma parada cardíaca. O velório está sendo realizado Memorial do Carmo, no bairro do Caju, Zona Portuária do Rio.
Patati é referência nas universo brasileiro de quadrinhos. Foi ainda militante da arte sequencial no Brasil, e defensor dos artistas e criadores brasileiros.
Uma de suas principais bandeiras era a produção de histórias com temática pertinente ao imaginário nacional. O livro em quadrinhos Couro de gato - Uma história do samba (Veneta), em parceria com o desenhista João Sánchez, é certamente um trabalho nessa linha. Publicada em setembro de 2017, a obra aborda o nascimento do samba na capital fluminense.
Almanaque dos quadrinhos - 100 anos de uma mídia popular (Ediouro), escrito em parceria com Flávio Braga, é outro marco de sua produção. A obra ganhou o prêmio de melhor livro de não-ficção para jovens, concedido pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
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Em 1980, criou com o desenhista Allan Alex (Alan Alex Machado Alves) seu personagem mais conhecido, taxista Nonô Jacaré. Nonô apareceu em várias revistas, como a Brasilian Heavy Metal as da Coleção Assombração. Suas aventuras foram reunidas numa edição especial publicada pela Editora Tipológica.
Patati atuou como curador Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ), sediado em Belo Horizonte, e outros eventos do gênero pelo Brasil. O carioca se aventurou ainda pelas produções de cinema e TV. Patati esteve na equipe de roteiristas do programa Ao Pé da Letra, exibido pelos canais Vinde e Record.Nas telonas, assina a direção de diálogos nas filmes de longa metragem o 5º Macaco (Eric Rochat, 1990) e Lambada, the Movie! (1990). Em 1984 e 1985, foi premiado pelos roteiros que escreveu para curta-metragens exibidos nos festivais de cinema de Gramado, Salvador e no Rio de Janeiro.
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