"F... Trump!": De Niro é aplaudido de pé no Tony Awards

Entrega do prêmio acontecia no Radio City Music Hall, em Nova York. Emissora que transmitia a cerimônia com pequeno atraso censurou a cena

11/06/2018 08:37
Theo Wargo / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP
(foto: Theo Wargo / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)

O consagrado ator de Hollywood Robert De Niro, 74 anos, foi aplaudido de pé no Tony Awards, após xingar o presidente americano, Donald Trump.

Vencedor do Oscar, De Niro participou do mais importante evento anual do mundo do teatro nos EUA no domingo à noite para anunciar uma apresentação da lenda do rock Bruce Springsteen.

"Vou dizer uma coisa - f.., Trump!", afirmou, erguendo o pulso para o alto.

A multidão reunida no Radio City Music Hall de Nova York, começou a aplaudir, até De Niro ser ovacionado de pé.

"Não é mais 'abaixo Trump', é 'f..., Trump'!", declarou, para júbilo dos presentes.

A rede de televisão CBS, que estava transmitindo o evento "ao vivo" com um "delay" de alguns segundos, censurou o xingamento de De Niro.

O ator convocou os presentes a irem votar nas eleições de meio de mandato em novembro e elogiou o cantor Bruce Springsteen por seu ativismo político.

"Bruce, você agita essa casa como ninguém", afirmou De Niro.

"Ainda mais importante nesses tempos perigosos, você agita o voto. Sempre lutando, nas suas próprias palavras, pela verdade, pela transparência e pela integridade no governo. Cara, como precisamos de você agora", completou.

Esta não foi a primeira vez que De Niro, que nasceu e mora em Nova York, atacou seu conterrâneo.

Em 2016, quando Trump era candidato à Presidência, De Niro chamou o republicano de "descaradamente burro", "totalmente maluco" e um "idiota".

Em resposta à declaração de Trump sobre como lidar com os manifestantes em um de seus comícios, De Niro comentou: "Ele quer socar o povo na cara? Eu gostaria de socá-lo na cara!".

Em 2017, em um discurso na Brown University, ele descreveu o governo Trump como uma "comédia trágica, idiota".

De Niro ganhou Oscars por seus papéis em "O Poderoso Chefão II" (coadjuvante, 1974) e "Touro indomável" (1980).

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