Maria Paula estreia como protagonista em 'Doidas e santas'

Filme dirigido pelo mineiro Paulo Thiago chega a BH nesta quinta-feira, 24, e é baseado no best-seller de Martha Medeiros

por Ana Clara Brant 24/08/2017 08:30

Bento Marzo/Divulgação
Paulo Thiago, Maria Paula e Marcelo Faria no set do longa 'Doidas e santas'. (foto: Bento Marzo/Divulgação)

O significado da palavra Beatriz é ''aquela que traz felicidade''. A personagem central do filme Doidas e santas, que estreia nesta quinta-feira, 24, em BH, chama-se assim. Ironicamente, é uma pessoa que não ri. Aliás, ela nem se lembra da última vez em que soltou uma gargalhada daquelas.

Beatriz Lira, a primeira protagonista da atriz Maria Paula, é uma terapeuta de casais que tem problemas com a filha Marina (Luana Maia), a irmã Berenice (Georgiana Góes), a mãe Elda (Nicette Bruno) e, sobretudo, com o marido, Orlando (Marcelo Faria). Ela passou anos cuidando do casamento dos outros e não percebeu a crise no próprio relacionamento.

''É uma personagem muito diferente das que já fiz. Complexa, muito séria, rígida e travada, ela, aos poucos, vai se abrindo. Estou acostumada a fazer papéis mais escrachados, engraçados. Eu mesma sou assim, mais leve e expansiva. Beatriz foi um grande desafio'', comenta Maria Paula.

PSICOLOGIA Apesar das personalidades diferentes, atriz e personagem compartilham semelhanças. ''Somos mães, escritoras. Também me formei em psicologia. Mas parou nisso'', brinca Maria Paula.

Inspirada no livro homônimo de Martha Medeiros, a trama foi adaptada para o palco em peça protagonizada por Cissa Guimarães. De acordo com Maria Paula, literatura, teatro e cinema conseguem falar da mesma coisa, mas de maneira diferente.

''Cheguei a ler o livro na época do lançamento, assim como vi a peça. Porém, o longa é uma versão bem livre. Há mil maneiras de abordar a trajetória dessa mulher em crise. O livro trata de um jeito, a montagem teatral de outro, assim como o filme'', garante.

NOVIDADE Doidas e santas é a primeira incursão do cineasta mineiro Paulo Thiago na comédia. Diretor de Jorge, um brasileiro, Policarpo Quaresma: herói do Brasil e Coisa mais linda: história e casos da bossa nova, ele gosta de apostar em gêneros diferentes. ''Há muito tempo, até cheguei a fazer uma comédia, Vagas para moças de fino trato, baseada na peça do Alcione Araújo, mas era mais intimista. Uma de minhas inspirações foram as comédias italianas da década de 1960'', comenta.

No caso de Doidas e santas, o foco são as relações familiares, que Paulo decidiu tratar de forma mais leve. ''Há temas complexos, como separação, falta de humor e crise existencial. Se os abordasse de maneira mais séria, viraria um filme do Ingmar Bergman. Esse é um filme de família, não uma sucessão de gags, embora tenha situações engraçadas'', justifica.

O roteiro é assinado por Claudia Gomes, Pedro Antonio e Regiana Antonini (responsável pela dramaturgia da peça). No entanto, Paulo assegura que o longa não é uma adaptação teatral. A trama é mais baseada no best-seller de Martha Medeiros.

''O livro foi um grande sucesso. A forma como a Martha trata os temas da vida é muito interessante. Porém, não dá pra saber se o filme vai repetir o êxito da peça e da publicação. Isso é imprevisível. Espero que as pessoas se divirtam e também se emocionem'', conclui.

 

Abaixo, confira o trailer:

 

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