Comédia brasileira vai levar empregada a Marte

Longa 'Lucicreide vai pra Marte', com Fabiana Karla, tem estreia prevista para 2018 e será filmado no segundo semestre

por Breno Pessoa 29/05/2017 08:30

Rede Globo/Reprodução
Fabiana Karla interpreta Lucicreide no Zorra Total, da TV Globo. (foto: Rede Globo/Reprodução)

Não é só na ficção científica que o espaço pode virar destino de viagem. A comédia Lucicreide vai pra Marte promete colocar o Planeta Vermelho na rota da famosa personagem interpretada pela atriz Fabiana Karla. O longa, com estreia prevista para 2018, será filmado no próximo semestre, com locações no Recife e em Orlando, nos EUA.


Orçado em R$ 5.698.792, o filme tem o maior valor já disponibilizado pela Ancine para uma produção fora do eixo Rio-São Paulo. O título é coprodução da 20th Century Fox e Telecine, com distribuição da Downtown Filmes. ''Todo mundo sabe o amor que tenho pela minha terra, seria maluquice não colocar Lucicreide no ambiente natural dela'', diz Fabiana Karla sobre a escolha de rodar o filme em Pernambuco. Ela também é produtora-executiva da comédia.

O título é o primeiro longa de Rodrigo César, já familiarizado com humor nas telas: o cineasta foi um dos idealizadores de Papeiro da Cinderela, estrelado por Jeison Wallace, e ficou à frente da atração por 10 anos. Apesar de ser um diretor com raízes na TV, César promete não fazer um filme que pareça apenas um programa televisivo com maior duração.

''O cinema nacional talvez incorpore alguns vícios da televisão porque é uma linguagem que se popularizou muito no Brasil. Nesse projeto, procuramos sair do lugar-comum, não repetir situações, apresentar cenários e situações completamente novas'', garante César. ''Colocamos a Lucicreide no cenário mais absurdo e estranho à natureza dela'', afirma o diretor, ao explicar o argumento do filme, que coloca a personagem de Fabiana Karla como integrante de uma missão espacial.

 

 

A insólita premissa surge em um momento de crise na vida de Lucicreide. Enfrentando o abandono do marido, a presença indesejada da sogra em casa e uma série de desentendimentos com os sete filhos, a empregada doméstica deseja fugir para longe de tudo. Incentivada pelo filho dos patrões, ela se candidata à vaga em um projeto de colonização de Marte.

''Por mais absurda que a história pareça, ela é crível'', defende o diretor, citando o exemplo real de Sandra Feliciano, professora de Rondônia que é uma das finalistas do Mars One, iniciativa internacional que pretende levar humanos para Marte no ano de 2025, em viagem só de ida. Para tornar tudo mais fidedigno, a produção contratou o astronauta brasileiro Marcos Pontes como consultor.

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